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29 de maio de 2017

O dilema da mamãe cervo


Em uma floresta, uma mãe cervo está para dar a luz. Ela encontra um campo próximo com alguns arbustos, próximo a um rio caudaloso. Aquele parece ser um lugar seguro. 

De repente, ela percebe que começou o trabalho de parto. No mesmo instante, nuvens escuras cobrem o céu e relâmpagos poderosos cruzam os ares anunciando tempestade iminente. Um deles põe fogo em uma mata próxima, iniciando um incêndio de dimensões desconhecidas...

Para a surpresa da mãe cervo, um caçador prepara uma flecha para lançar em sua direção. Não muito distante do outro lado, a mamãe cervo divisa um leão faminto que certamente busca sua caça. 

O que pode a pobre mãe cervo fazer? Ela vai dar a luz! Seu filhote sobreviverá ? Ambos sobreviverão? Serão presas do caçador ou do leão? Morrerão todos queimados no incêndio?

O que a mãe cervo deve fazer? Para onde fugir?

Em meio a tantos perigos, ela escolhe dar a luz a uma nova vida...

E então, um relâmpago cai próximo ao caçador que foge assustado, sua flecha disparada passa pela mãe cervo e atinge o leão faminto. Uma chuva intensa começa a cair que acaba com o incêndio...

Nasce em segurança um pequeno e saudável filhote.

Assim é na existência de todos nós. Existem momentos de escolha quando somos confrontados de todos os lados pelos mais negativos pensamentos e ameaças. Nossa prioridade deve ser fazer aquilo que está a nosso alcance e o resto confiar à Divina Providência. 

Referência

"The pregnant deer - A beatiful managment story", disponibilizado por Parushu Ram. (via Linkedin)

10 de setembro de 2014

O singificado maior das crises

Centro de gerenciamento de crises: Não estou certo de que "todo mundo morre" é um bom plano emergencial.
Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste 
mundo denote a existência de uma determinada falta. 
Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito 
para concluir a sua depuração e apressar o seu progresso. 
Assim, a expiação serve sempre de prova, mas 
nem sempre a prova é uma expiação.(...) 
(A. Kardec, ESE, Cap. 5, 
"Bem aventurados os aflitos", Parágrafo 9. 
Uma crise sempre revela uma consequência de algo que não foi feito direito antes ou de ação tomada no passado erroneamente. Sofremos a consequência do passado que vive em nós porque somos seu produto. Sabemos pelos Espíritos que nossas ações hoje têm dois objetivos: o de resolver problemas e atuar sobre acontecimentos presentes, resultando em ganhos ou prejuízos morais e financeiros imediatos, assim como atuar no futuro, onde colheremos sistematicamente ganhos ou prejuízos. 

Como consequência disso, se deixamos de agir hoje com vista ao futuro, ou não colheremos nada ou deixaremos de ganhar algo. Essa é uma das condições para se instalar uma crise. A literatura espiritualista recente adotou a palavra “karma” para designar a conjunção dessas condições passadas que geram hoje resultados negativos. A palavra usada por Kardec foi “expiações”. Embora a diferença enorme nos vocábulos, seu significado é mais ou menos o mesmo, com compreensíveis modificações em relação ao termo original em sânscrito. 

A compreensão maior da vida descreve nossa existência como um “continuum” de dois grandes fluxos: o fluxo dos acontecimentos de nossas ações no plano material e um fluxo de ações e consequências no plano espiritual. Como estamos imersos nas duas realidades, qualquer ação material também tem seu significado espiritual, assim como a influenciação espiritual pode nos levar a exercer determinadas ações materiais. É uma pena que a imensa maioria dos encarnados no globo, por diversas razões, ignore tanto um como outro aspecto; no máximo sentem o tempo escorrer diante de si, incapacitados de inferir qualquer conclusão do fenômeno. Mas, o mais extraordinário a respeito da lei maior é que não é necessário saber de sua existência: ajustes são conseguidos através da dinâmica das crises. 

Emmanuel na obra "Estude e Viva" (Ed. FEB) define as condições para o surgimento das "crises sem dor", que seriam a crises de situação, não necessariamente ligadas à doença:
Temos, porém, calamitosas crises sem dor, as que se escondem sob a segurança de superfície:
- quando nos acomodamos com a inércia, a pretexto de haver trabalhado em demasia...

- nas ocasiões em que exigimos se nos faça o próximo arrimo indébito no jogo da usura ou no ataque da ambição...

- qualquer que seja o tempo em que venhamos a admitir nossa pretensa superioridade sobre os demais...

- sempre que nos julguemos infalíveis, ainda mesmo em desfrutando as mais elevadas posições nas trilhas da Humanidade...
- toda vez que nos acreditemos tão supostamente sábios e virtuosos que não mais necessitemos de avisos e corrigendas, nos encargos que nos são próprios...
Nesses casos, portanto, as condições de aparecimento da crise estão quase que exclusivamente ligadas a questões morais.  Tais situações caracterizam muito o que foi deixado para trás mal feito. Nosso apegos e ilusões criam obstáculos que nos prendem ao passado, que nos impedem a renovação. Mas, a renovação vem inexoravelmente e se manifesta como uma crise da qual, muitas vezes, procuramos fugir, assustados. Durante as crises, os saldos negativos no fluxo espiritual são quitados porque novas perspectivas são geradas para o futuro. A vida verdadeira é a do fluxo espiritual, razão por que o que se perde na matéria em nada faz perder no espiritual. Essa realidade deveria ser suficiente a quem já dispõe de largos conhecimentos a respeito da vida maior. Entretanto, a realidade física é muito forte e nos envolve de tal forma que, muitas vezes, olvidamos o ensinos e as lições superiores.  

Devemos assim considerar as crises como respostas da conjuntura, do “Universo” ou do ambiente às ações que nele operamos. Muitos contra-argumentarão dizendo que se sofre injustamente na vida mesmo sem nada fazer. Porém, “não agir” também é uma espécie de ação e do tipo negativo. Quem quer que espere nada sofrer por não agir certamente sofrerá. As leis maiores esperam que exerçamos ações que permitam, no futuro, a colheita certa. Assim, aquele que esbanja dinheiro e fortuna muitas vezes é obrigado a enfrentar com a falta; o que excessivamente acumula dinheiro é obrigado a lidar com situações que não se resolvem com o dinheiro; o que desafia a saúde se defronta com a doença; o que nada faz tem que se virar para continuar vivo. Mas, não necessariamente o que se enfrenta está ligado à ação negativa feita no passado. O Universo nos empurra para frente todas as vezes que faceamos uma situação nova, tenha ela origem no passado ou não. À conta dos débitos acumulados se somam as lições ainda a serem aprendidas. Portanto, há que se lutar sempre.