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24 de agosto de 2011

Mensagem de Hermínio C. Miranda aos Pesquisadores que participaram do 7o ENLIHPE

Aos Estudantes e Participantes do 7.o encontro do LIHPE.

Meus jovens amigos e amigas de ontem, de hoje, de amanhã e de sempre:

Gostaria de estar pessoalmente aqui, para viver este momento com vocês. De certo modo, contudo, é bom que eu não esteja. Sou um sujeito emotivo e até a minha cardiopatia é tida pelos médicos como de natureza emocional. Como iria eu administrar minhas emoções, ao partilhá-las com vocês?

Alegra-me sobremodo ver vocês trabalhando na realização do impossível. Digo isto ao me  lembrar de Sir Winston Churchill, que costumava dizer mais ou menos assim: “Difícil é aquilo  que a gente pode fazer imediatamente. O impossível é que demora um pouco mais.”

As leis divinas me concederam generosamente, tempo para realizar algumas impossibilidades  pessoais, superando pretensos obstáculos e supostos limites, que misteriosamente  desmaterializavam-se e me deixavam passar. 

Foi assim que me tornei até um escritor. Imaginem só: eu, escritor!

Somente agora estou percebendo que os “impossíveis” começaram a acontecer, depois que tomei conhecimento da abençoada Doutrina dos Espíritos, nos idos de 1957. 

De algum tempo para cá passei a perceber algo singular. Ou seja: como é que a gente assiste em certo nível de indiferença ao doloroso espetáculo do estrangulamento do processo evolutivo da humanidade pelos implacáveis punhos do materialismo dominante? É claro que, no decorrer de tal ditadura ideológica, avançamos consideravelmente nas badaladas e sofisticadas conquistas tecnológicas. Mas, não é a esse aspecto que me refiro. Desejamos mais  do que isso, muito mais. E para toda a comunidade humana onde quer que ela esteja pelas dobras infinitas do espaço imenso. 

Será que não podemos mudar – pacificamente e sem dores, pelo amor de Deus! --os modelos  políticos, sociais, econômicos, religiosos e culturais? Claro que sim. Não apenas podemos, mas  devemos mudá-los.Temos de mudá-los. 

Vocês já estão trabalhando no projeto de reformatação do mundo em que vivemos e no qual,  viveremos ainda, não sei quantas vidas. Estão levando para o autorizado foro de debates do meio acadêmico, a desprezada realidade de que não somos meros corpos físicos perecíveis, mas espíritos imortais, pré-existentes, sobreviventes e reencarnantes.  Convém lembrar, ainda, que, ao separar didaticamente o território das coisas materiais, do  espaço reservado às imateriais, Mestre Aristóteles certamente não pretendeu demonizar a Metafísica. Quis apenas chamar a atenção para o fato de que esses vetores de conhecimento exigem abordagem e tratamento diferenciados e despreconceituosos de gente que se  disponha honestamente a aprender com os fatos.

Decorridos mais de dois milênios, ainda ouvimos dizer que os componentes metafísicos da  vida são, crendices e fantasias pré-científicas, indignas da atenção de intelectuais que se  prezam. O que desejamos é presença de gente qualificada que nos ouça e ajude a retirar o  estigma que pesa sobre realidade espiritual. O resto virá por acréscimo.   

Parodiando o ex-Presidente Kennedy, não aspiremos ao que mundo pode fazer por nós, mas ao que podemos fazer pelo mundo

Que Deus nos abençoe. E nos inspire sonhos como este, dado que, se não sonharmos, como é  que nossos sonhos vão se realizar?

Eis o singelo recado do velho escriba.

Hermínio C. Miranda

Agosto de 2011