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18 de dezembro de 2021

Finalistas do Concurso Bigelow sobre provas da Imortalidade


O Instituto Bigelow acaba de publicar integralmente os ensaios vencedores do concurso "BICS Contest" - BICS pelo nome do instituto: Instituto Bigelow de Estudos da Consciência. Esse concurso premiou ensaios que discorreram sobre as "melhores provas" da imortalidade. O prêmio foi dividido em categorias, com destaques para os três primeiros lugares:
  1. Lugar: Jeffrey Mishlove Ph.D.: Beyond the Brain: The Survival of Human Consciousness After Permanent Bodily Death ("Além do cérebro: a sobrevivência da consciência humana depois da morte permanente do corpo")
  2. Lugar: Pim van Lommel M.D.: The Continuity of Consciousness: A concept based on scientific research on near-death experiences during cardiac arrest ("A continuidade da consciência: um conceito baseado em pesquisa científica sobre experiências de quase morte durante paradas cardíacas")
  3. Lugar: Leo Ruickbie Ph.D.: The Ghost in the Time Machine ("O fantasma na máquina do tempo")

Detalhes sobre o concurso podem ser lidos em Purpose of BICS Essay Competition. (ref. como acessível em dezembro de 2021). Uma das razões para o concurso segundo essa referência é

Não obstante intrigantes evidências, o número de grupos de pesquisa e fomento dedicados a investigar a sobrevivência da consciência humana além da morte é excessivamente pequeno no mundo ocidental. Ainda que todas as 7,8 bilhões de pessoas no planeta Terra venham a morrer eventualmente, muito pouca pesquisa de qualidade é feita nessa que é talvez uma das questões mais fundamentais a desafiar nossa espécie.

Dentre os fatos interessantes ocorridos durante o concurso está a defesa do BICS contra críticas de céticos que parecem ter insistido contra o concurso. Por exemplo, em uma das notas publicadas pelo patrono do BICS, podemos ler essa insistência nas entrelinhas: 

Reconhecemos que muitas pessoas e organizações não necessariamente acreditam que a consciência humana sobrevive à morte do corpo. O BICs está simplesmente tentando gerar debates e discussões, e apresentar argumentos que possam esclarecer ou gerar mais discussões sobre esse importante tópico.

Isso é complementado pela declaração:
Gostaria de declarar que o Concurso de Ensaios do BICS não é uma reflexão sobre se eu ou a equipe do BICS temos ou não nossas opiniões pessoais sobre se a consciência humana sobrevive à morte do corpo. Naturamente, todos temos opiniões. Eu pessoalmente acredito que a consciência humana sobrevive e que provavelmente conta o que você faz com sua vida aqui.

Em suma, sendo o dinheiro do prêmio de origem privada, não há o que se falar contra o concurso.

Uma grata surpresa foi a presença de brasileiros entre os premiados. Em especial citamos a premiação de Alexandre Caroli Rocha, Marina Weiler e Raphael Fernandes Casseb com o ensaio:

Mediumship as the Best Evidence for the Afterlife: Francisco Candido Xavier, a White Crow  (Mediunidade como a melhor evidência do além-túmulo: Francisco Cândido Xavier, um corvo branco)

A referência ao "corvo branco" remete a caráter especialíssimo do "caso Chico Xavier" que se distingue como um corvo branco no meio da imensa maioria de "corvos pretos" da opinião comum. O ensaio completo pode ser acessado no link acima (conforme disponível em dezembro de 2021).

Os ensaios vencedores estão disponíveis gratuitamente para acesso em: All Twenty Nine Winning BICS Contest Essays are Published Here! 

Parabéns aos premiados nacionais e que venham outros concursos desse tipo!

Referências

Instituto Bigelow de Estudos da Consciência: https://www.bigelowinstitute.org/index.php

30 de dezembro de 2016

Descrição de um acidente aéreo por um espírito


"Não pense que sofro outra espécie de angústia
 senão essa que me vem de sua ternura torturada 
e de nossa família amorosa e inesquecível. 
Se me lembrarem tranquilo, estarei seguro de mim. 
Se me recordarem conformados, a resignação estará comigo. 
Não julguem que vim para cá fora de tempo. 
Hoje sei que o meu tempo terrestre era curto." 
(R.T. Richetti, "Entre duas vidas", Ed. Boa Nova)
Por coincidência, na semana da ocorrência do desastre aéreo com o time da cidade de Chapecó, tive a oportunidade de ler um texto psicografado por Chico Xavier em fevereiro de 1993 (1) que descreve as circunstâncias de uma acidente aéreo ocorrido em junho de 1992. Nessa carta, o Espírito Celso Maeda descreve seus últimos instantes como encarnados antes do acidente que culminou na queda - por colisão com o mar - da aeronave Beech F 90-1 King Air, que carregava quatro ocupantes.

Os detalhes técnicos do acidente, eu consegui encontrar na internet (2). O avião havia partido do aeroporto de Itumbiara (GO) com destino a Blumenau (SC), mas sua queda se deu no mar, na altura da cidade de Navegantes (SC). A causa do acidente foi reconhecido como as péssimas condições meteorológicas, o que está descrito em detalhes na carta enviada:
Subimos céus acima ou tentamos subir… Não era fácil raciocinar ante o perigo maior que se aproximava. Tentou-se a elevação da máquina, mas o vento prosseguia implacável qual se fosse um conjunto de forças maléficas interessadas em derrubar-nos.
Não temos dúvidas quanto ao desespero e apreensão que toma conta de todos os envolvidos nesses momentos:
Estávamos à mercê dos acontecimentos que o furacão nos impunha. O piloto e o companheiro que o assessorava estavam pálidos, agravando-nos as dúvidas e o desconforto de que nos sentíamos possuídos. Debalde procurávamos alguma nesga de céu azul. Achávamos-nos como que trancados por dentro de uma nuvem que parecia guardar o vento furioso que não encontrava uma saída a fim de expandir-se.
Por dentro éramos a aflição de quem não eximiu-se da morte compulsória e por fora de nós vimos claramente que um enorme banco de areia nos aguardava, asfixiando-nos a todos.
E, finalmente, a descrição do grande despertar:
A água marinha encharcada de areia nos penetrava os pulmões e quando me vi totalmente esmagado nada sabendo de meu irmão e dos companheiros que nos guardavam a viagem, quando no auge do meu desespero íntimo, vi que uma senhora caminhava naturalmente sobre as águas e, ao abraçar-me, solicitou-me concentrar na fé em Deus e me disse: “Meu filho, você está conosco. Sou a sua avó Ai, que venho retira-lo da areia. Seu avô Tsunezaemon retirará seu irmão. Haverá socorro para vocês todos. O pilo e o co-piloto serão resguardados”.
Em acidentes desse tipo, quando um grupo de pessoas acaba retornando mais cedo à vida real, é plenamente natural que os que ficam sintam a fragilidade não só da vida humana, mas de todas as perspectivas e planos que se faz ao se viver.

Se a vida humana (a presente) pode ser considerada frágil - e de fato é porque existem leis materiais que determinam de forma rigorosa seus limites -  a condição de paternidade espiritual indica outra coisa bem diferente. Nossa vida material é frágil porque ela não é a vida verdadeira do Espírito, que não está sujeito a esses limites severos impostos pela condição de materialidade, mas depende de laços facilmente rompidos com as influências do ambiente. O instante da morte, em momento como esse se assemelha a um novo despertar, a partir do qual novos planos e diretrizes serão feitos pela alma imortal. Os que ficam, se não se prepararem, guardarão por muito tempo as impressões da saudade, mas a verdade é que eles apenas partiram alguns instantes antes de nós.

Referências

(1) Ref. "Dádivas Espirituais". F. C. Xavier, Espíritos diversos. Ed. IDE.


3 de junho de 2015

Divaldo Franco e Rabindranath Tagore

Esta vida é travessia de oceano
onde nos encontramos em um estreito navio. Na morte,
alcançamos a praia e nos dirigimos a diferentes mundos.
(R. Tagore, em Stray Birds, 1916 (4))

Assim cantarei, e os meus serão poemas e canções imortais.
(R. Tagore, psicografia de Divaldo Franco, Pássaros Livres, 1990 (5)).

Certas coisas têm acontecido comigo,
quando sozinho em meu quarto 
que me convenceram de que há inteligências espirituais
nos advertindo e guiando.  
William Butler Yeats (1865-1939).
De acordo com A. Kardec, a mediunidade, como faculdade das "pessoas que servem como intermediárias entre os Espíritos e os homens", não é simplesmente a capacidade de se comunicar ou trocar informação. A psicografia, em particular, é a capacidade que médiuns têm em emprestar suas mentes para que os Espíritos escrevam e manifestem conteúdo, artístico inclusive. Nesse processo, o Espírito mentalmente induz ideias e conceitos ao médium que pode ou escrever com suas próprias palavras ou captar e transcrever expressões semânticas inteiras conforme sugerido pelo autor. Nesse caso, concebemos a existência de uma escala de transparência mental entre o médium e o autor espiritual, de forma que alguns médiuns conseguem fielmente replicar o que o autor pretende escrever, enquanto que outros apenas pobremente transmitem o que mentalmente recriam para si ouvindo ou vendo. O uso de linguagem poética, entretanto, é uma boa indicação da eficiência do processo de "canalização" entre o desencarnado e o médium, porque elementos sutis de identificação podem ser transmitidos. A escrita automática é o termo dado a um tipo específico de mediunidade. O termo "psicografia" é muito mais geral para representar a experiência mediúnica de escrita. Portanto, esse termo é preferido por espíritas.

Um exemplo desse fenômeno é a colaboração entre Divaldo P. Franco (1927-) (2) e Rabindranath Tagore (1861-1941). De acordo com Divaldo Fraco, ele nunca tinha ouvido falar em Tagore quando foi visitado por esse Espírito certa noite em 1949. O episódio é descrito pelo próprio Divaldo, conforme citação do livro Semeador das Estrelas (3) :
No ano do aparecimento psicográfico de Marco Prisco, em 1949, certa noite eu estava deitado, quando ouvi uma música de uma beleza indefinível, tocada numa espécie de cítara. Ao som dessa música, muito plangente e muito profunda, tive uma visão belíssima de jardins verdejantes e floridos, cortados por um riacho de águas claras no qual deslizava uma barca. Nesta, uma Entidade veneranda, de túnica alva, de tez bem escura, em cuja fisionomia, de serena beleza, sobressaíam os olhos negros, enormes e brilhantes, e a barba alvinitente, cujos fios pareciam ter cambiantes prateados. — Eu sou Rabindranath Tagore, poeta da Índia, e desejo que me grafes alguns pensamentos — disse-me o Espírito. Imediatamente, levantei-me e providenciei o material para a psicografia, entrando em transe mediúnico, logo em seguida. Enquanto psicografava, continuei a ouvir a melodia, penetrante e bela. Eu confesso, honestamente, que nunca havia ouvido falar neste nome ou lera qualquer coisa a seu respeito. A partir dessa noite, durante certo tempo, Tagore foi ditando as várias mensagens que constituiriam seu primeiro livro, que, no entanto, só veio a ser publicado muitos anos depois, em 1965, com o título de Filigranas de Luz.
O autor de Stray Birds ("Aves Errantes", 4) retornou para cantar novos pássaros em livros como Pássaros Livres (5) e Estesia, depois do livro citado Filigranas de Luz em 1965. Não consegui encontrar versões em inglês para esses versos e prosas, de forma que, recentemente, traduzimos de forma imperfeita alguns enxertos para que leitores em língua inglesa apreciem - ainda que de forma pobre - o que Tagore transmitiu a Divaldo depois de sua última existência neste mundo. Assim, alguns desses versos podem ser lidos em inglês no post Divaldo Franco and Rabindranath Tagore do blog "piritist Knowledge. Desses, replico aqui "Pássaros Livres" ou Free Birds que consta no livro de mesmo nome (5). Outros podem ser encontrados no post citado.

Free Birds

My singings are songs that the heart unfasten with rapture thrill.
My songs are melodies that tenderness liberates from my soul's depths and launches toward travelling winds to reach far distances.
My sensibility is sharpen by love and I release the sweet music of hope standing on the tiny window of my pettiness.
I spread through the air the scores of a pentagram chanted by life from the bottom of my being.
By searching my King and my Lord, I modulate my word, I call, I sing and implore.
Like free birds dressed in light they fly to reach open space toward the infinite.
During either the heavy monsoons or droughts, my birds in the same way sing in freedom, enhancing the landscape with sound and beauty.
My birds are living poems of love that liberate themselves from the narrow cage of emotion where they are born to earn the vastness, like birds of happiness.
Take my songs my Lord and convert them into peace carrying birds heralding the eternal springtime for all the unfortunate ones in the world.
So I will sing and mine will be poems and songs of immortal kind.

R. Tagore (Divaldo Franco's psychograhy)

Diz-se que a obra de Tagore em inglês não representa de forma fiel a beleza de seus versos em Bengali (6). O famoso poeta espiritualista irlandês W. Butler Yeats (1865-1939) disse que "Tagore não sabe inglês, nenhum indiano sabe inglês" (6 e 7). Seria então possível que, ao escrever pela mente de Divaldo, Tagore tenha conseguido "grafar seus pensamentos" melhor do que conseguiria se o fizesse em Bengali e usasse um tradutor para o inglês? (ou digamos, para o português, caso fosse possível a Divaldo transmitir em Bengali)? De qualquer forma, a linguagem original foi o Português e é bem provável que exista interferência no "enlace Divaldo-Tagore", tanto quanto na tradução imperfeita que fiz. Entretanto, pode-se imaginar o uso potencial da mediunidade no futuro quando grandes artistas desencarnados poderão voltar e nos transmitir obras na linguagem própria do médium.

Para tanto, é necessário apenas que eles encontrem um instrumento mediúnico fiel.

Referências

(1) A. Kardec (1861) "O Livro dos Médiuns", Vocabulário Espírita. Capítulo 32.

(2) http://www.divaldofranco.net/

(3) S. C. Schubert (1989). O Semeador de Estrelas, 4a edição, Livraria Espírita Alvorada.

(4) http://www.kkoworld.com/kitablar/Rabindranat_Taqor_Kocheri_qushlar_eng.pdf (acesso em maio de  2015). Essa tradução parece conter frases que não consegui compreender direito, talvez não seja a melhor já feita a partir dos originais.

(5) D. Franco (1990). Pássaros Livres. 2a edição. Livraria Espírita Alvorada.

(6) Ver opinião de Amartya Sen citada na Wikipedia: "qualquer um que conheça os poemas de Tagore em seu original em Bengali não se sente satisfeito com a tradução (feita com ou sem a ajuda de Yeats). Mesmo as traduções de prosa sofrem de alguma forma com distorções." Citação original em Sen, A. (1997), "Tagore and His India", The New York Review of Books.
(7) http://en.wikipedia.org/wiki/Rabindranath_Tagore.

19 de julho de 2014

Artigo acadêmico sobre a acuidade mediúnica de Chico Xavier


A revista Explore (1) publicou um artigo de autoria de Alexandre Caroli Rocha, Denise Paraná, Elizabeth Schmitt Freire, Francisco Lotufo Neto e Alexander Moreira-Almeida contendo um interessante estudo sobre as cartas psicografadas de Chico Xavier.

Intitulado "Investigating the Fit and Accuracy of Alleged Mediumistic Writing: A Case Study of Chico Xavier’s Letters"  ("Investigando a adequação e acuidade da alegada escrita mediúnica: um estudo de caso das cartas de Chico Xavier"), o trabalho realizou uma análise, por meio de 13 cartas, do grau de acuidade da informação nelas contida frente à probabilidade do médium ter sido informado por meios considerados "normais". Como resultado, os autores declaram:
Identificamos 99 itens de informação verificável nessas 13 cartas; 98% deles foram classificados como "Adequação clara e precisa" e nenhum item como "Não adequado". Concluímos que explicações normais para tal acuidade de informação (i. e., fraude, sorte, vazamento de informação e leitura fria) são apenas remotamente plausíveis. Esses resultados parecem fornecer apoio empírico para teorias não reducionistas da consciência. (2)
O texto completo do artigo pode ser baixado aqui: http://www.explorejournal.com/article/S1550-8307(14)00108-6/abstract (é necessário autorização). O trabalho teve o apoio da FAPESP (3, processo 2010/11047-0).

Referências

(1) http://www.explorejournal.com/article/S1550-8307(14)00108-6/abstract

(2) Texto original em inglês: "We identified 99 items of verifiable information conveyed in these 13 letters; 98% of these items were rated as “Clear and Precise Fit” and no item was rated as “no Fit.” We concluded that normal explanations for accuracy of the information (i.e., fraud, chance, information leakage, and cold reading) were only remotely plausible. These results seem to provide empirical support for non-reductionist theories of consciousness."

(3) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo: http://www.fapesp.br/

16 de maio de 2014

Lista de autores publicados das cartas psicografadas por Chico Xavier

Finalizada uma primeira fase de catalogação no projeto das cartas psicografadas (1), listamos aqui cerca de 472 nomes de autores que foram encontrados até agora, isto é, é uma lista com base em 944 cartas publicadas. Esta lista não pretende ser a definitiva. Uma quantidade grande de outras informações de cada autor também foi reunida.

Esses nomes constam em um conjunto de aproximadamente 70 obras que serão referenciadas futuramente. 

Lista de autores
  1. Abílio Zornetta
  2. Acácio Costa Freitas Neto
  3. Acylino Luiz Pereira Neto
  4. Adélia Machado de Figueiredo
  5. Adelino Franco Thomé
  6. Ademar Argeu Andrade
  7. Adilson Cargnelutti
  8. Adilson Gonzaga Pezzini
  9. Adilson Lombardi
  10. Adolfo Aleixo Martins 
  11. Adolfo Bezerra de Menezes
  12. Agar Bittencourt
  13. Agnelo Morato Júnior
  14. Alberto Corradi
  15. Alberto Davoli
  16. Alberto Ferrante
  17. Alceu Gouvêa Andries
  18. Alda Oliveira da Silveira Pinto
  19. Aldan Bernardo de Araújo
  20. Aldarico Montaldi Filho
  21. Alexandre Augusto Pandolfelli
  22. Alexandre Furtado Cardoso
  23. Alexandre José de Souza
  24. Allan Charless Padovani
  25. Aluísio Antônio Maciel
  26. Álvaro Gonçalves
  27. Álvaro Júlio Belchior da Fonseca 
  28. Amália Ferreira de Mello
  29. Amaro Francisco de Souza
  30. Amélia do Nascimento Vasques
  31. Ana Luiz Martinez de Souza
  32. André Luiz Souza da Silva
  33. André Max Graeser
  34. André Rogério Rojas Rivera
  35. Andréa Lodi
  36. Angelo di Sarno
  37. Ângelo Luizari Filho
  38. Antenor de Amorim
  39. Antônio Alcindo Ribeiro
  40. Antônio Carlos Escobar
  41. Antônio Carlos Martins Coutinho
  42. Antônio Carlos Nunes
  43. Antônio Cézar Nunes Cardeal
  44. Antônio Jabur Neto
  45. Antônio João Beira
  46. Antônio Luiz Sayão
  47. Antônio Martinez Collis
  48. Argemiro Correa de Azevedo Filho
  49. Armando Pinho
  50. Artemízia Bevilacqua
  51. Artur Francisco Koller
  52. Augusto César Neto
  53. Aulus de Paula e Silva Bastos
  54. Auzenita da Silva Nunes 
  55. Avelino Ginjo
  56. Beatriz Cândida Maria Ferrairo Janini Gonçalves
  57. Benedito Souza de Oliveira
  58. Benedito Vieira dos Santos 
  59. Bianca Jasse Cunha
  60. Brasilina Estevez
  61. Cacilda Becker Yaconis
  62. Cândido Luiz Cintra
  63. Carlos Alberto Andrade Santoro
  64. Carlos Alberto Bezerra da Silva
  65. Carlos Alberto da Silva Lourenço
  66. Carlos Alberto de Toledo
  67. Carlos Alberto dos Santos Costa
  68. Carlos Alberto dos Santos Dias
  69. Carlos Alberto Elisei
  70. Carlos Alberto Gonçalez 
  71. Carlos Alexandre da Silva Paraizo
  72. Carlos André Picanço Filho
  73. Carlos Augusto Ferraz Lacerda
  74. Carlos Augusto Pereira de Melo
  75. Carlos Cesar Pereira Basílio
  76. Carlos Eduardo Frankenfeld de Mendonça
  77. Carlos Gomes
  78. Carlos Henrique Branco Rodrigues
  79. Carlos Marino Vochi
  80. Carlos Normando de Assis
  81. Carlos Roberto Caminitti
  82. Carlos Teles Sobral Jr.
  83. Carlos Vítor Mussa Tavares
  84. Carmelo Grisi
  85. Carmen Latorre
  86. Carolina Caetano
  87. Casto Luís Alves Barco
  88. Celso Ayres Pinheiro
  89. Celso Cassanha
  90. Celso Maeda
  91. César de Araújo Mafra
  92. Charles Jean Bueno Weishaar
  93. Charles Wandenberg Fernandes Cerboncini
  94. Christian W. Freitas Campos
  95. Christino Gomes Portal
  96. Cícero Barbosa Lima Júnior
  97. Cláudia Aparecida Guimarães Leite
  98. Cláudia Cunha
  99. Cláudia Pinheiro Galasse
  100. Cláudio Giannelli
  101. Cláudio Mano Júnior
  102. Cleide Aparecida Rodrigues de Almeida
  103. Cleon Marcius de Camargo Marsiglio
  104. Conceição Interlando Neto
  105. Cristiane Rodrigues de Moraes
  106. Décio Márcio Carvalho
  107. Dejair Fernando Rosa
  108. Denis Fernandes
  109. Denize Freire Valença
  110. Dialma Coltro
  111. Dialma Coltro Filho
  112. Dimas Luiz Zornetta
  113. Dino de Caro
  114. Djalma Pompeu de Camargo Rangel
  115. Docílio Miranda de Souza
  116. Domingos Donizetti Zornetta
  117. Domingos Pignatari
  118. Douglas Labate
  119. Edilson Carlos Nogueira
  120. Edilson Cássio de Lima
  121. Édimo José de Lima Júnior
  122. Edison Roberto Ribeiro Pereira
  123. Edmundo Mendes
  124. Eduardo Ruiz Dellalio
  125. Eduardo Zibordi Camargo
  126. Edvaldo Paixão da Silva
  127. Edvaldo Roel da Silva Júnior
  128. Edvar Santana
  129. Egle Aparecida Tavares Spadoni Braga
  130. Elisabete Aluotto Scalzo Palhares
  131. Elvira Abrigatto Grisi
  132. Emídio Manuel Pereira de Araújo
  133. Emília Rodrigues
  134. Érica Letícia Gallo
  135. Ericson Fábio Diniz de Oliveira
  136. Erika dos Santos Soares
  137. Evaldo Augusto dos Santos
  138. Evaldo Rui Monteiro
  139. Evaldo Zamboni
  140. Fábio Freire Corrêa
  141. Fábio Mário Henry
  142. Fátima Solange de Assis Campos
  143. Felicidade de Fátima Alves
  144. Felipe Meneghetti
  145. Fernanda Goghi Cruãnes
  146. Fernanda Luiza Batista dos Santos
  147. Fernando Antônio Leão
  148. Fernando Augusto Veríssimo Bonifácio
  149. Fernando José de Carvalho
  150. Fernando Querin Sichetti
  151. Flávia Canzi Biondi
  152. Flávio Luiz Mazetti
  153. Francisco Adonias Nogueira Filho
  154. Francisco Correa de Figueiredo
  155. Francisco Eduardo de Oliveira Moraes
  156. Francisco Quintanilha
  157. Francisco Savério M. S. E. Orlandi
  158. Franciso Rosa e Silva
  159. Gabriel Casemiro Espejo
  160. Gastão Henrique Gregoris
  161. Georthon Lacerda Dantas
  162. Geraldo Arantes de Souza
  163. Gerard Patrick Castelnaud
  164. Germano Sestini
  165. Gilberto Cuenca Dias
  166. Gilberto Pereira Teixeira
  167. Gilberto Teixeira da Silva Júnior
  168. Gilson Gravena de Souza
  169. Giovanna Motta
  170. Giuseppe Mateus Mangano
  171. Grazia Rapé
  172. Hamílton dos Santos
  173. Haroldo Soares Portella
  174. Heitor Cavalcante de Alencar Furtado
  175. Heitor José Morina
  176. Heládio Carvalho Nunes
  177. Hélio Manzo Júnior
  178. Hélio Ossamu Daikuara
  179. Helyene Cristina Corrêa Garcia
  180. Henrique Emmanuel Gregoris
  181. Hilário Sestini
  182. Hilda Gritti Saraiva
  183. Hilton Monteiro da Rocha
  184. Humberto Furlan
  185. Igor Thiago Alvez Nakamura
  186. Ilda Mascaro Saullo
  187. Inês Severo Ruivo
  188. Irlo Augusto Rodrigues Galvão
  189. Israel Ovídio Nogueira Júnior
  190. Ítalo Scanavini
  191. Ivan Antonelli Fakaib
  192. Ivo de Barros Correia Menezes
  193. Izídio Inácio da Silva
  194. Jacob Oliveto
  195. Jáder Eustachio Guimarães de Macedo
  196. Jair Presente
  197. Jairo Coutinho Rocha
  198. Jane Furtado Koerich
  199. João Batista Mamede da Silva
  200. João Carlos Frederico Coelho
  201. João dos Santos Moutinho
  202. João Gilberto dos Santos
  203. João Jorge de Lima
  204. João Luiz Palatinus
  205. João Vaccari Neto
  206. Joaquim Afonso Carvalho
  207. Jomar Dutra de Castro
  208. Jorge Luiz Camargo
  209. José Afonso de Souza Queiroz
  210. José Afonso de Souza Queiroz
  211. José Antônio Andrade Jr.
  212. José Benedito da Silva
  213. José de Lima Géo
  214. José Demathê Filho
  215. José Eduardo Jorge
  216. Jose Esmelcerei Bernardo
  217. José Fonseca Guaraná de Barros
  218. José Luiz da Silva Chapela
  219. José Luiz Marques Ferreira
  220. Jose Murilo Neto
  221. José Roberto Gonçalves
  222. José Roberto Pereira Cassiano
  223. José Roberto Pereira da Silva
  224. José Rogério Silva Freire
  225. José Tadeu Banchi
  226. Josefina de Fátima Tristão
  227. Júlio Brasílio Moraes
  228. Júlio César C. da Silveira
  229. Júlio Fernando Leite de Sant'Anna
  230. Juraci Borges Mendonça de Almeida
  231. Jussane Cristina Leite
  232. Kalil José Barbosa Chicaybam
  233. Klaus Heller
  234. Kleber Silveira de Souza
  235. Laudinei José Soares
  236. Laura Maria Machado Pinto
  237. Laurinete Aparecida Duarte
  238. Lauro Basile Filho
  239. Lenora (Chaves) Martins
  240. Leonardo Henrique Moglié
  241. Leopoldo José Rusciolelli Franca
  242. Liane Helena Anéas de Paula
  243. Lidaí Benini
  244. Lilian Guadalupe Alves
  245. Lincoln Prata Lóes
  246. Lineu de Paula Leão Júnior
  247. Lúcia Ferreira
  248. Luciano de Castro Alves Machado
  249. Luciano Fábio Perutich
  250. Luciene Nascimento 
  251. Lúcio Germano Dallago
  252. Lúcio Manoel Larsen Ricciardes
  253. Luís Alberto Canto
  254. Luís Carlos de Freitas
  255. Luís Eduardo Cacciatore
  256. Luís Fernando Botelho de Moraes Toledo
  257. Luís Roberto Haddad França
  258. Luiz Adamo Nucci
  259. Luiz Alli Fayrdin
  260. Luiz Antônio Biazzio
  261. Luiz Augusto Trita
  262. Luiz César Piagneri
  263. Luiz Orlando Rodrigues Cardoso
  264. Luiz Paulo Alves Reis
  265. Luiz Ricardo Maffei
  266. Luiz Roberto Estuqui Júnior
  267. Luíza Corrêa Jardim
  268. Magno Cardoso
  269. Manel Francisco Neto
  270. Manoel de Oliveira Gomes
  271. Manoel Paulo Monteiro
  272. Manoel Soares
  273. Marcel Jivago de Faria França
  274. Marcelo Antônio La Serra
  275. Marcelo Leal Fernandes
  276. Marcelo Moisés Casali
  277. Marcelo Toti
  278. Márcia Bordallo de Souza
  279. Márcia Regina Eccard Vollú
  280. Márcio Agnaldo Dermínio Campos
  281. Marco Antônio Andrade
  282. Marco Antônio Araújo
  283. Marco Antônio da Silva
  284. Marco Antônio Marçal
  285. Marco Antônio Migotto
  286. Marco Antônio Minaya
  287. Marco Antonio Pereira da Costa
  288. Marco Antônio Peres Fernandes
  289. Marcos Cezar Mayo
  290. Marcos Emanuel Teixeira Santos
  291. Marcos Hideo Hayashi
  292. Marcos Roberto Vallini
  293. Maria Alves dos Santos
  294. Maria Beatriz de Vasconcelos
  295. Maria Cecília Ferreira 
  296. Maria Célia Marcondes
  297. Maria Cristina Salgado Vieira
  298. Maria Cristina Summo Tomaz de Oliveira
  299. Maria da Luz Simões
  300. Maria das Graças Ayres
  301. Maria Elizabete de Oliveira Cavalcante
  302. Maria Filomena de Jesus
  303. Maria Helena Marcondes
  304. Maria Helena Resende
  305. Maria Joaquina Pinto
  306. Maria Nelize Campos Silva
  307. Maria Teresa de Sena Melo
  308. Maria Teresa Franchini
  309. Maria Tereza Lopes Maniglia
  310. Marilene de Resende Ferreira
  311. Marina Cupertino Poli
  312. Mário Neves
  313. Mário Roberto Quirino dos Santos
  314. Matrona Paly Diegues 
  315. Maura de Araújo Javarini
  316. Maurício Chacon
  317. Maurício de Lima Basso
  318. Maurício Garcez Henrique
  319. Maurício Sacheto Zuardi
  320. Mauricio Xavier de Vieira
  321. Mauro Antônio Campos Paiva
  322. Mauro Augusto Cacique Andrade
  323. Mauro Augusto Rocha
  324. Mauro Lira
  325. Maximino Pereira
  326. Meire Adriana Agnello
  327. Miguel Ângelo Lapenna
  328. Miguel Elias Barquete
  329. Milton Higino de Oliveira
  330. Mirna Lagorga
  331. Mival de Almeida Filho
  332. Moacy Stella Junior
  333. Moacyr Porazza Jr.
  334. Mônica Martins Bizarro
  335. Napoleão Carlos Ferreira
  336. Napoleão Pizzotti
  337. Nathaniel José Furtado Xavier de Albuquerque
  338. Nayá Siqueira de Amorim
  339. Neide Della Nina
  340. Nelly Ferreira
  341. Nelson  Lobo de Barros
  342. Nélson Castro Dantas
  343. Nelson Rossati Lemes
  344. Nerci Maria Cardoso
  345. Noêmia Natal Borges
  346. Nysio Gastanheira Cardoso
  347. Olando Antônio Lazzaro
  348. Olimar Feder Agosti
  349. Orlando Sebastião Duarte
  350. Orlando Van Erven Filho
  351. Oscar Cicuto Filho
  352. Osmar de Freitas Filho
  353. Osmar Totaro
  354. Oswaldo Jandy Batista
  355. Oswaldo Peixoto Martins
  356. Otávio José Sanchez
  357. Otávio Rocha
  358. Paula Opípari Ramos
  359. Paulo Augusto Signore
  360. Paulo Borges da Silva
  361. Paulo César de Almeida
  362. Paulo Cesar Silvério Leite
  363. Paulo Eduardo Teixeira da Silva
  364. Paulo Fernando Furlan
  365. Paulo Grassmann Amante
  366. Paulo Henrique Dantas Bresciani
  367. Paulo Marcelo Reis Azevedo
  368. Paulo Rogério Saragoça
  369. Paulo Sérgio Basile
  370. Paulo Sérgio da Costa
  371. Paulo Sérgio Ferreira Viana
  372. Pedro Alexandre Borba Pereira
  373. Pedro Augusto Souza Gonçalves
  374. Pedro Ernesto do Rego Batista
  375. Pedro Luis de Carvalho Costa
  376. Pedro Luiz Galves
  377. Pedro Rufino
  378. Pedro Souza
  379. Ramiro Martin Viana
  380. Rangel Diniz Rodrigues
  381. Raphael Miralles Placência
  382. Raul Pinheiro Torres Júnior
  383. Regina Elena Fernandes
  384. Reginaldo Ramalho
  385. Renata Avela de Oliveira
  386. Renata Zacarro de Queiroz
  387. Renato Fumagalli
  388. Renato José Sorretino
  389. Renato Lucena Nóbrega
  390. Renato Rodrigues
  391. Rene Oliva Strang
  392. Ricardo Carvalho de Mello
  393. Ricardo Jorge Pereira
  394. Ricardo Leão de Oliveira
  395. Ricardo Romano Secchieri
  396. Ricardo Tadeu Richetti
  397. Ricardo Tunas Costa Leite
  398. Roberto de Salas
  399. Roberto Igor Porto Silva
  400. Roberto Medeiros Fernandes
  401. Roberto Muszkat 
  402. Rodrigo Junqueira Alves de Souza
  403. Romêro Junqueira Alves de Souza
  404. Romeu Azevedo de Menezes
  405. Ronaldo Malafronto
  406. Rosana Augusto Infante
  407. Rosana Maria F. Temporal de Lara
  408. Rosângela Afonso da Silva
  409. Rosângela Cunha Redondo
  410. Rosangela Maria Sonvesso
  411. Rosângela Silvério Leite
  412. Rosemari Daurício
  413. Rui Vagner Garcia
  414. Ruilon Quirino Ribeiro
  415. Sandra Regina Camargo
  416. Sebastião Alves Pinho
  417. Sebastião Clóvis Tavares
  418. Selma Robles
  419. Selma Rodrigues Sanches
  420. Sérgio Calamari
  421. Sérgio de Almeida e Souza
  422. Sérgio de Assis Cesarino
  423. Sérgio Faccio
  424. Sérgio Luís Mandarino
  425. Sérgio Luiz de Moura
  426. Sérgio Roberto Decenço
  427. Sérgio Tadeu Rodrigues Bacci
  428. Servilio Marrone
  429. Sidnei Martini
  430. Sidney Catardo
  431. Sidney Dell'Erba
  432. Sidney Fava
  433. Sidney Rogrigues
  434. Silvana Maria Bertoni
  435. Silvio Romeno Gonçalves Monteiro
  436. Simone Couceiro Horcel
  437. Solange Victoretti
  438. Sylvio Quero Luque Jr.
  439. Tania Mazzeo
  440. Tânia Paes Leme de Barros
  441. Tereza Cristina de Oliveira
  442. Tereza Delfina Reverte
  443. Thales Meirelles Cury
  444. Tibério Graco Dias
  445. Túlia Maura Diniz Baptista Mendes
  446. Ulisses Ubiratan Alves Gusmão
  447. Valdir de Vicente
  448. Valdir Nunes Ferreira
  449. Valéria Consentino
  450. Vera Cruz Leitão Bertoni
  451. Vera Lúcia Alves
  452. Virgínia Maria Sales Nogueira
  453. Vitor Fernando Stocco Jr.
  454. Vitor Leonardo Santana
  455. Vladimir Jorge
  456. Volquimar Carvalho dos Santos
  457. Wady Abrahão Filho 
  458. Wagner Augusto Alves de Souza Jr
  459. Waldemar Vieira
  460. Walter Perrone
  461. Wanda Maria Czarnobay
  462. Wander Alver Azeredo
  463. Wânia Nunes Russo
  464. Wellington Ramon Monteiro Rodrigues
  465. Wilk Ferreira de Souza
  466. William José Guagliardi
  467. William Machado Figueiredo
  468. Wilsom de Oliveira
  469. Wilson Guerreiro Pedra
  470. Wilson William Garcia
  471. Wladimir Cezar Ranieri
  472. Yolanda Carolina Giglio Villela
Referência

(1) Projeto 'Cartas Psicografadas'.


16 de abril de 2014

Como detectar espíritos


 "A Ciência enganou-se quando quis experimentar os Espíritos, 
como o faz com uma pilha voltaica; foi mal sucedida 
como devia ser, porque agiu pressupondo uma analogia 
que não existe". (A. Kardec, 1)

Em comemoração aos cem mil cliques no "Era do Espírito".
Durante séculos, filósofos se debruçaram sobre o problema da alma como elemento constitutivo do ser humano. Ainda hoje, a neurologia tenta identificar áreas no cérebro responsáveis pelo pensamento, vontade, sentimento e impressões dos sentidos através de observações de padrões neuronais em imagens de tomografia. A parapsicologia busca evidências diretas, daquilo que seja detectável e mensurável, nas várias "anomalias" da chamada "paranormalidade". Apenas tateia o elemento espiritual, considerado uma "hipótese" em suas muitas propostas de estudo empírico, carentes de uma verdadeira teoria (2). Pode-se dizer sem receio de errar que todas as tentativas de "singularizar" o elemento espiritual, tão só usando métodos ou paralelos com o elemento material, falharam até hoje.

Por que isso acontece? Como podemos detectar de verdade espíritos? Discutir isso é o objetivo deste post.

Com a palavra, George Berkeley 
George Berkeley (1685-1753).

Mais recentemente, o filósofo Silvio Chibeni (3) ressaltou que, na filosofia, contribuições importantes foram dadas ao assunto o que é, infelizmente, ignorado por pesquisadores modernos. Por exemplo, na obra "Tratado concernente aos princípios do conhecimento humano" de George Berkeley (3), Chibeni destaca:
Um espírito é um ser ativo simples e não dividido. Enquanto percebe ideias, chama-se entendimento; e enquanto as produz ou opera sobre elas, vontade (will). Logo, não se pode formar uma ideia de uma alma ou espírito. ... A natureza do espírito é ... tal que não pode, em si mesmo, ser percebido, sendo-o apenas pelos efeitos que produz. (4) 
Da opinião de que espíritos devem ser conhecidos da mesma maneira que uma ideia ou sensação surgiram muitos princípios absurdos e heterodoxos, bem como muito ceticismo sobre a natureza da alma.
É até mesmo provável que tal opinião tenha levado alguns a duvidarem se eles têm, afinal, uma alma distinta de seus corpos, ao não conseguirem descobrir, dela, alguma ideia. (5)
Do que vimos, fica claro que não podemos conhecer a existência de outros espíritos senão por meio de suas operações, ou ideias por eles excitadas em nós. Percebo diversos movimentos, alterações e combinações de ideias, que me informam que há certos agentes particulares semelhantes a mim, que as acompanha e contribui para sua produção. 
Portanto o conhecimento que tenho de outros espíritos não é imediato, como o conhecimento de minhas ideias, mas depende da intervenção de ideias que eu possa relacionar a agentes ou espíritos distintos de mim, na qualidade de efeitos ou signos concomitantes. (6)
Nossos processos mentais acontecem através de uma gama de operações que incluem vários elementos cognitivos, sendo as "percepções" apenas alguns deles. Podemos pensar sobre algo, sentir, lembrar coisas, desejar, querer etc. Percebemos a matéria com nossos sentidos. Vejo, por exemplo, um belo vaso com algumas rosas muito vermelhas (Fig. 1). Posso sentir o cheiro das rosas e até mesmo a dor provocada pela penetração de seus espinhos em minha pele.

Consulto um livro de matemática e geometria e nele vejo uma figura com um triângulo retângulo cujos lados projetam áreas quadradas. A soma dos lados menores é sempre exatamente igual ao lado maior (hipotenusa). Com meu raciocino, além de inspecionar a figura, entendo o teorema de Pitágoras (Fig. 1).

Uma poesia é um conjunto de símbolos gráficos sobre uma folha de papel ou projetados em uma tela. Com meus olhos, enxergo os traços. Com meus dedos posso tocar o papel ou sentir seu cheiro. Com meu entendimento, porém, acesso o conteúdo da mensagem (Fig. 1) e posso ser levado a sentir algo mais, caso esse conteúdo, primeiramente acessado pelo raciocínio, reverbere em minhas memórias evocando outros sentimento mais profundos.

Percebemos que as "capacidades de minha mente" não se restringem apenas aos sentidos ordinários ou a meras operações mentais. Mesmo no caso das rosas, pode até acontecer que o cheiro delas evoque alguma memória anterior, que me faça lembrar algo distante no tempo.

Analisemos agora a proposição de "detectar um espírito". Esse é um elemento para o qual não está garantido que sua apreensão será semelhante ao caso do vaso de flores! Filósofos empiristas do Século XVIII estavam interessados em explorar os limites das capacidades de apreensão humana e, por isso, o veredito de Berkeley com relação aos espíritos. Eles sabiam que havia limitações não só aos sentidos ordinários, mas também que nem tudo, para existir, teria que ser exclusivamente apreendido apenas até o limite desses sentidos.

Berkeley nega que espíritos tenham que ser percebidos necessariamente tanto como sensações como ideias. "...não podemos conhecer a existência de outros espíritos senão por meio de suas operações, ou ideias por eles excitadas em nós", diz ele com razão.  As observações de Berkeley são muito atuais, mas jazem esquecidas e, por isso, estão na gênese do atraso de muitas propostas de pesquisa da realidade espiritual.
Fig. 1 Categoria de "coisas" que existem e que são apreendidas de forma diferente pela mente: um vaso de flores, o teorema de Pitágoras e uma poesia de Carlos Drummond de Andrade. Se essas coisas, para existir, não se manifestam à mente da mesma forma, porque o espírito teria que ser acessível apenas através dos sentidos?

E os efeitos físicos?

Por uma dificuldade de compreensão, muitos pesquisadores e entusiastas de fenômenos paranormais ("caça fantasmas", "pesquisadores de casas mal-assombradas" etc) partem de uma analogia que simplesmente não existe no caso dos espíritos - se é que, de fato, consideram sua existência - a de que ele seria detectável diretamente. Assim, se o leitor deste post queria ver discussões de equipamentos e técnicas para a detecção de espíritos, nosso texto não apresenta nada disso. Mas, cremos ter trazido algo muito melhor. Aqui devemos, porém, fazer uma observação.

É verdade que fenômenos de efeitos físicos existem que podem fornecer, diretamente, evidências de fenômenos que impressionam muito os sentidos. Esse é um tipo bastante raro de mediunidade (7), mas é conveniente que a pesquisa em Espiritismo não ficasse exclusivamente presa a eles. Se ponderarmos bem, essas são evidências "intermediárias", porque ocorrem por intermédio de médiuns, logo não são evidências diretas, embora possamos ser levados a imaginar isso.

Portanto, o espírito não pode ser detectado como se faz com constituintes da matéria, por exemplo, como elementos químicos (2), mesmo que altamente dissolvidos ou com traços de apenas algumas poucas moléculas. Esse fato extremamente simples, mas de amplitudes avassaladora, é muito mal compreendido pela esmagadora maioria. Lembramos que Kardec (8) tinha ciência completa desse problema:
As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que se pode experimentar e manipular livremente; os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade própria e que nos provam a cada instante não se acharem subordinadas aos nossos caprichos. As observações não podem, portanto, ser feitas de mesma forma; requerem condições especiais e outro ponto de partida. Querer submetê-la aos processos comuns de investigações é estabelecer analogias que não existem. A Ciência, propriamente dita, é, pois, como ciência, incompetente para pronunciar na questão do Espiritismo: não tem que se ocupar com isso e qualquer que seja o seu julgamento, favorável ou não, nenhum peso poderá ter.
A palavra "detecção" deve portanto ter seu conteúdo semântico expandido para dar conta de uma nova classe de manifestações. Não é que o espírito seja absolutamente indetectável, mas é que, ponderamos, sua evidências são de ordem completamente nova. Vamos estudar um pouco mais sobre isso em um futuro post.

Referências e notas
  1. A. Kardec. "O que é Espiritismo"
  2. Doze obstáculos ao estudo científico da sobrevivência e à compreensão da realidade do Espírito.
  3. S. Chibeni. "A pesquisa científica do espírito". Disponível neste link: http://www.geeu.net.br/artigos/espirito-fcm2010.pdf
  4. G. Berkeley (1710), "A Treatise concerning the Principles of Human Knowledge", § 27;
  5. Ver (3), § 137
  6. Ver (3), § 145
  7. Pelo menos considerando um indivíduo com faculdades sensoriais "normais". A mediunidade parece ser uma extensão não ordinária dos sentidos. Ver SKL#02 A. Xavier (2012). The Non-observable Universe and an Empirical Classification of Natural Phenomena.
  8. A. Kardec. "O Livro dos Espíritos". Introdução ao estudo da Doutrina Espírita. VII. 






16 de março de 2014

Livro VII - Mediunidade Mensurável (de S. Fontana)


O pesquisador Sandro Fontana recentemente publicou o livro "Mediunidade Mensurável - um livro digital que resume uma pesquisa sobre a possibilidade de medir estimadamente a mediunidade de uma pessoa", disponível gratuitamente (1) e contendo sua pesquisa em mediunidade. Esse livro segue a publicação de seu artigo "Mensuração de nível estimado mediúnico" (2). Aqui tecemos alguns comentários sobre essa obra. Certamente, a iniciativa do autor é louvável, por representar uma iniciativa isolada de aplicar o que seria chamado "metodologia científica" a um vasto campo de estudo como é o da mediunidade. 

Essa iniciativa se destaca uma vez que constatamos que trabalhos semelhantes são escassos no meio espírita,  quase que totalmente voltado para o aspecto religioso do Espiritismo. Não podemos nos esquecer do tríplice aspecto, de forma que as questões e problemas relacionados à parte científica são igualmente relevantes.

O trabalho está dividido nas seguintes partes:
  • Introdução (p. 5);
  • Objetivo (p. 7)
  • Kardec e mediunidade (p. 9)
  • A verdadeira, a falsa e a mediunidade intermediária (p. 14)
  • A incógnita constante do médium (p. 21)
  • O surgimento dessa pesquisa (p. 24)
  • Iniciando a tabela (p. 26)
  • A lógica base (p. 28)
  • Expondo médiuns à formulação (p. 35)
  • Os níveis e os médiuns (p. 54)
  • Os tabus (p. 56)
  • A aplicação (58);
  • Conclusão (p. 60)
Logo na introdução, o autor destaca a justificativa do trabalho:
Acredito que o desafio aqui, algo que a necessidade demonstrou ser importante, é tentar ser o mais justo possível, dando um passo além para esse novo século onde o espiritismo precisa resgatar o lado da pesquisa. Hoje temos enraizado profundamente os sedimentos morais/religiosos de espiritismo, porém o lado científico ficou estagnado no tempo e, assim que conseguirmos avançar nele, conseguiremos reforçar, junto da filosofia espírita, os passos seguintes para progredir na marcha evolutiva.
Nada mais justo... Fazer crescer o aspecto científico do Espiritismo certamente é justificativa importante. Porém, não se pode esperar isso com abandono total do que foi construído, em que pese a aparência de "estagnação". Como ciência, o Espiritismo ainda é muito jovem (3) e não dispõe de orçamento próprio do Estado para seu desenvolvimento.

O autor se baseou na definição universal de Kardec para o vocábulo "mediunidade" (ver "Kardec e a mediunidade", p. 9). Um pouco depois, o autor comenta:
Alexandre Aksakof descobriu o efeito anímico no médium, ou melhor, depois de seus estudos, propôs a tese de que o médium, mesmo sem intenção, provoca um efeito que confunde-se com a comunicação mediúnica.
Em diversas partes da obra de Kardec já se afirmava sobre a existência de efeitos anímicos, que não receberam, obviamente, esse nome (4). Por exemplo:
Embora geralmente o sensitivo mediúnico esteja desperto, em certos casos, que se tornam cada vez mais frequentes, o sonambulismo espontâneo se declara no médium, e este fala por si mesmo, ou por sugestão, absolutamente como o sonâmbulo magnético se conduz nas mesmas circunstâncias. (5, grifos nossos)
Aksakof parece ter sido, na verdade, o primeiro pesquisador a diferenciar entre as explicações totalmente anímicas para a mediunidade (advindas quase que integralmente dos meios céticos) daquelas totalmente espíritas, e a ressaltar o papel da influência do médium em meios que não aceitavam as teses de Kardec.

Devemos considerar que os médiuns da época de Kardec talvez não apresentassem suas mediunidades no mesmo grau dos de hoje. Assim como houve redução drástica nas manifestações de efeitos físicos, é provável que efeitos anímicos tenham prevalecido posteriormente, o que torna a questão ainda mais complexa. 

As questões colocadas pelo autor na p. 12 são pertinentes:
Mas e se o médium não for confiável?
E o que o faz não ser confiável?
Até que ponto a comunicação está sendo verdadeiramente efetiva?
Essas parecem ser as questões que motivaram o autor a realizar sua pesquisa. Ou, de outra forma: seria possível desenvolver um método quantitativo para ajudar na resposta a essas questões? A divisão feita entre "mediunidade falsa" (chamada "anímica") da mediunidade intermediária (que seria verdadeira, mas com algum grau de animismo) parece justificar a busca por uma escala de classificação que  transcenderia Kardec. Por isso, na parte seguinte (p. 14), o autor deixa de seguir Kardec (6). 

A questão é que, para Kardec, métodos quantitativos seriam os últimos a serem buscados nessa empreitada. Mediunidade é, fundamentalmente, um fenômeno humano e, com esse tipo de efeito, métodos quantitativos se mostram problemáticos (7), de difícil senão impossível aplicação. O leitor de "Mediunidade mensurável" deve saber que nos movemos em uma região potencialmente infrutífera ao seguir esse caminho. 

 Proposta de quantificação de mediunidade

O autor estima que, na comunicação, 50% vem do "pensamento" do Espírito comunicante e outros 50% do médium (p. 29):
Dessa forma, eu dividi a comunicação em dois momentos, sendo 50% ao pensamento (espírito) e os outros 50% ao repassador/transmissor (médium).
É difícil entender qual foi o raciocínio necessário para propor essa divisão porque "pensamento" (do médium e do Espírito) é algo imensurável e não se pode definir percentagens com atributos imensuráveis. Como afirmamos acima, a palavra "animismo" é posterior à codificação, mas isso não significa que não tenha sido discutido por Kardec. Mais a frente, ainda na p. 29:
Kardec, em toda sua obra, não explicita tal condição de forma clara, acabei descobrindo isso (por acaso) em meus testes e observações. Na Codificação Espírita, ao lê-la, temos a impressão que o espirito não tem problemas em se comunicar e que tudo depende absolutamente da sensibilidade do médium.
Criar percentagens a atributos imensuráveis não tem sentido e esse seria um erro que Kardec não cometeria e não cometeu. Além disso, o problema aqui é que termos usados em meados do século XIX não têm o mesmo significado hoje em dia (como por exemplo, "sonambulismo espontâneo" que pode ser compreendido como "transe anímico"), de forma que não se pode dizer taxativamente que a noção de influência do médium esteja ausente da codificação.

A proposta do autor de quantificação segue uma fórmula (ver p. 30) que aparece como uma média ponderada (%Vm) de valores estimados de vários "atributos" (da mensagem e do médium). Embora o autor reconheça a diferença entre cada tipo de atributo, eles são misturados em uma mesma fórmula com pesos iguais (8), com índices negativos para médiuns considerados fraudulentos.

A aplicação da fórmula é exemplificada por vários casos que parecem seguir a opinião do autor a respeito de determinado médium. Uma vez calculados um índice (%Vm), uma proposta de quatro classes mediúnicas é finalmente apresentada na p. 54.

Claramente existiria uma grande vantagem se fosse possível identificar um bom médium por meio de avaliação quantitativa tão direta como a que é explicada em "Mediunidade Mensurável". Essas vantagens são discutidas nas p. 58-60. É perceptível o desejo do autor em colaborar com o desenvolvimento de novos estudos para a mediunidade, o que, por si só, é algo difícil de constatar nos meios dedicados ao assunto.  

Palavras finais

Mediunidade (assim como a inteligência e a beleza) parece ser uma faculdade humana intrinsecamente imensurável. Entretanto, podemos sim definir medidas quantitativas para o conteúdo da mensagem (9). Por exemplo, dada uma mensagem mediúnica, podemos fazer uma análise sintática e numérica dela, contando-se o número de substantivos, verbos etc. que ela contém. Podemos analisar mais profundamente seu conteúdo, buscando traçar a correspondência fato-informação para cada elemento de mensagem nela presente.

Como é que tal análise poderia caracterizar a mediunidade? Parece ser correto afirmar que, quanto maior a fidelidade do médium na transmissão do conteúdo, mais "desenvolvida" seria a sua mediunidade. Nesse sentido o autor de "Mediunidade Mensurável" identificou a relação entre conteúdo e excelência da fonte que o produz no caso de psicografias.

Entretanto, esbarramos em problemas grandes ao querer criar uma escala numérica de qualificação para médiuns. O problema é que a mediunidade psicográfica (ou psicofônica), apesar de produzir mensagens concretas, ainda é um fenômeno privado do ser humano. Como ponto para meditação, devemos considerar que é possível que o médium seja excelente (no sentido de entrar em contato com muita informação), mas não consiga corretamente colocar no papel todo o conteúdo.

Para exemplificar, imaginemos dois rádios de uma mesma marca. Um está de acordo com suas especificações de fabricação, enquanto que outro tem um problema em seu alto-falante, que não permite interpretar corretamente o que é transmitido. Então, nesse caso simples, não seria possível colocar o rádio defeituoso como uma "outra classe", ou dizer que o rádio perfeito é "superior". O máximo que se pode dizer é que existe um defeito em um dos rádios. Com isso queremos dizer que, no caso da mediunidade, dificuldades de transmissão de conteúdo podem não ser devidas a diferenças intrínsecas entre classes. Em suma, mediunidade ainda é algo bastante complexo para permitir avaliações quantitativas, mesmo nos casos mais concretos.

Referências e notas
  1. S. Fontana. Mediunidade Mensurável. Um livro digital que resume uma pesquisa sobre a possibilidade de medir estimadamente a mediunidade de uma pessoa. Digital e-book. Acesso em 2014. 62 páginas.
  2. Ver apresentação do autor (em 19/agosto/2012): https://www.youtube.com/watch?v=Pb5JSan2DUE
  3. Séculos foram necessários para dar à física a aparência de "modernidade"e para que ela fosse financiada com recursos públicos. Devemos nos confiar totalmente nas aparências?
  4. Ver, por exemplo: "O Livro dos Médiuns", Segunda parte - Das manifestações espíritas, Capítulo XX - "Da influência moral do médium", Questões diversas.
  5. Revista Espírita 1867, Junho, Dissertações espíritas - "O Magnetismo e o Espiritismo comparados".
  6. Essa ausência de quantificação possivelmente é vista pelo autor como um sinal de "estagnação" do método de Kardec.
  7. Veja, por exemplo, as controvérsias envolvendo a definição de um "quociente de inteligência": Mark Snyderman and Stanley Rothman, (1988), "The IQ Controversy, the Media and Public Policy", Transaction Books.
  8. É fato básico que só se pode somar, subtrair, multiplicar ou dividir "banana com banana" ou "maça com maça". 
  9. Ver projeto "Cartas psicografadas": http://eradoespirito.blogspot.com.br/p/projeto-cartas-psicografadas.html

22 de agosto de 2013

Sobre cartas psicografadas: artigo na Revue Spirite 2013 (Tradução Leandro S. Pimenta)


O amigo e pesquisador Leandro S. Pimenta traduziu para o francês um artigo de nossa autoria com o título original: "Estatística de Cartas Psicografadas" que será publicado na edição mais recente da Revue Spirite. Esse artigo é um resumo de um trabalho apresentado durante o 8o. ENLIHPE que ocorreu em 2012

O título do trabalho presente na revista é "À Propos de Lettres Psychographiées' e está na página 13 da Edição do Segundo Trimestre de 2013, na seção "Dossier: La recherche Spirite".

Esta edição também traz o trabalho "Las chercheurs du Spiritisme Réunis!" por Leandro Pimenta que é um resumo sobre a LIHPE e sua história.  

Quem conhece a língua francesa e quiser conhecer o trabalho, pode seguir as direções para pedidos de aquisição de exemplares da "Revue Spirite" aqui

Agradecemos aqui ao Leandro o trabalho excelente de tradução.

Outras referências



9 de dezembro de 2012

Página do projeto 'Cartas psicografadas'


Lançamento da página (estática) com informação sobre nosso projeto corrente de estudo de conteúdo de cartas psicografadas. O projeto pretende resultar:

  • Novo método de análise de conteúdo aplicado à comunicações psicográficas;
  • Estudo analítico e geração de índice (indexação) das cartas publicadas de Chico Xavier;
  • Formação de um banco de dados com informações detalhadas e organizadas das cartas.

Página do Projeto:

http://eradoespirito.blogspot.com.br/p/projeto-cartas-psicografadas.html

ou cliquem na aba superior à direita da página principal do blog 'Era do Espírito'.

Essa página trará conteúdo atualizado e informação sobre participação de voluntários no projeto. Aguardem!

1 de setembro de 2012

Estatística das cartas psicografadas

Como vimos em vários posts anteriores, os fenômenos psíquicos sempre se apresentaram como processos de comunicação por excelência. Nesse sentido, um médium funciona como um instrumento de comunicação, embora limitado, ou um meio (dai o nome 'médium') que pode afetar o conteúdo de uma mensagem. Críticos ou descrentes na mediunidade vêem um médium de efeitos inteligentes como alguém que inventa deliberadamente informação a partir de si mesmo ou com ajuda de sinais exteriores, sinais que pessoas comuns não conseguem ver. Crentes nos 'poderes Psi' acham que bons médiuns são mentes privilegiadas, capazes de extrair informação do nada ou da mente de pessoas a sua volta (1). 

O problema é que, para muitos críticos desses fenômenos - e mesmo aqueles que os aceitam plenamente - comunicar-se é um processo simples de transferência de informação de um ponto a outro no espaço. Essa visão da comunicação permite supostamente 'explicar' como o médium adquire essa informação em um conjunto muito limitado de casos. Com certos médiuns, entretanto, a situação é muito mais difícil. A disputa sobre qual explicação seria a 'correta' torna-se aparentemente polarizada entre os adeptos da sobrevivência e os crentes nas hipóteses das super-mentes oniscientes, já que a explicação puramente cética não dá conta dos fatos. 

O conjunto das cartas psicografadas de Chico Xavier é um exemplo de anomalia a suscitar perenes  controvérsias para os que não aceitam a possibilidade de comunicação. Céticos vêem as cartas como meras historietas feitas para consolar parentes em desespero. Uma conversa solta com o médium por algum tempo, uma palavra dita por alguém em um momento de descuido e já se comporia o cenário que serviria de pano de fundo para uma carta. Isso, entretanto, acontece com um conjunto muito restrito de cartas. Com a imensa maioria, porém, é possível verificar um acúmulo considerável de informações específicas (nomes de pessoas, lugares), bem como informações de natureza pragmática que não podem ser explicadas de forma satisfatória a menos que se admita que o médium teve ajuda explícita do autor da carta.

Fig. 1 Alguns números de uma pequena amostra de 159 cartas  psicografadas por Chico Xavier.
Para motivar futuros estudos, preparamos um análise extensa das cartas (2) através da criação de métricas e  processo específico que tratam aquilo que está escrito explicitamente nas missivas psicografadas. Dizemos 'explicitamente' porque, no caso de informações de natureza pragmática ou intencional, somente parentes tem a capacidade de 'decodificar' o conteúdo (que estaria, portanto, velado). Assim, nossa análise é limitada porque ela inspecionou apenas aquilo que é aparente. 

A Fig. 1 traz uma tabela contendo alguns resultados gerais. O total de cartas analisados foi 159 distribuídas em 105 autores (há mais de uma carta por autor). O número médio de cartas por autor foi 1,51 sendo que medimos também a extensão das cartas em número de palavras. A média da distribuição de palavras é 531,5 em conjunto com uma idade média dos autores da ordem de 26,9 anos. O que mais nos chamou a atenção, entretanto, foi a estatística de citações de nomes nas cartas. Na nossa amostra com 159 cartas encontramos um total de 1322 citações (não consideramos nomes compostos nem nomes de cidades ou lugares) que se dividem conforme o diagrama da Fig. 2.

Fig. 02
Dividimos o resultado da análise em 3 grupos: citação de 'encarnados' (pessoas que estavam vivas e que foram citadas quando a carta foi escrita), 'desencarnados' (pessoas reconhecidamente falecidas anteriormente à composição da carta) e 'apelidos'. Esse último grupo pode ainda ser dividido (mas não foi feito na análise) entre apelidos de 'encarnados' e 'desencarnados'. Não é difícil ver que uma estatística relevante de citações é a de citação de apelidos de desencarnados. Uma das conclusões de nosso estudo é que, com base em um levantamento preliminar do número total estimado de cartas produzidos (3), uma média de 2000 a 3000 apelidos de desencarnados (pessoas falecidas antes da data da comunicação) podem ser encontrado nas cartas. Não se trata, portanto, de citações de nomes registrados em cartório, mas nomes de indivíduos fora da época das cartas, nomes que teriam sido usados por familiares apenas (ou seja, nomes que não dispõem de registros públicos). Possivelmente, muitos desses nomes não eram conhecidos dos familiares mais próximos do autor das cartas.

O estudo também traz:
  • As distribuições estatísticas para as idades dos autores;
  • A distribuição de tempo de comunicação (com base na diferença entre o tempo de falecimento do autor e da data de sua comunicação);
  • A distribuição de 'causa mortis' dos autores;
  • A estatística de descrição da própria morte (cerca de 60% dos autores descrevem a própria morte);
  • Estudo de correlações entre o tamanho da mensagem (número de palavras) versus idade do autor;
  • Estudo de correlação entre o tamanho da mensagem e o número de citações;
  • As frequências de citações de cada grupo conforme a Fig. 2;
  • A distribuições de parentesco dos nomes citados como 'anfitriões' do autor depois da morte;
O objetivo desse trabalho foi demonstrar a viabilidade de realizar uma análise estatística (Fig. 3) sobre grupos de atributos que se podem extrair das cartas psicografadas por Chico Xavier. Esse estudo também demonstra a riqueza de informação nelas contida, algo que não é aparente tão só pela leitura desatenta e preconceituosa de algumas dessas cartas. De fato, ao analisá-las em quantidade, é possível ter uma ideia da dimensão de fluxo de informação envolvido no processo de psicografia de Chico Xavier.
Fig. 3 Tabulação de dados  das cartas em MSExcel para análise estatística.
Os resultados deste estudo mostram que é plenamente possível extrair medidas numéricas que permitam uma apreciação quantitativa de conteúdo de informação produzido por meios psíquicos. Tal demonstração contrasta com a opinião de céticos (tanto da psicografia em geral como do próprio médium Chico Xavier em especial) que entendem que a ocorrência do fenômeno deve ser submetida a condições controladas, incluindo possivelmente o uso de aparelhos, a fim de que medidas quantitativas sejam obtidas. A aplicação de técnicas de análise de texto (como a análise elementar aqui desenvolvida) auxilia no estudo analítico dos dados tais quais são, sem que o fenômeno seja perturbado pelo uso dessas supostas exigências metodológicas.

Insistimos que, com mediunidade de efeitos inteligentes, não lidamos com sistemas físicos ou químicos para os quais métodos empíricos das ciências materiais (onde é possível controle) são recomendados. É sempre bom ter em mente que esse tipo de postura, que preconiza o ‘controle rigoroso’ – porque vive à custa de hipótese de fraude para todos os casos –, a despeito das características singulares e especiais do fenômeno, assemelha-se muito com uma tentativa desesperada de negar os fatos tais quais eles se apresentam. Caberá às gerações futuras apreciar qual tipo de posicionamento em relação ao fenômeno, a do ceticismo ou a do estudo sistemático dele, trará maiores avanços ao nosso conhecimento.

Notas

1 - A onisciência só é proibida mesmo de captar informação dos 'mortos' porque crentes em Psi negam peremptoriamente a sobrevivência.

2 - Os resultados completos do estudo serão publicados em uma futura edição de textos selecionados do ENLIHPE ('Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo') em 2013 sob o título "Extração de atributos e caracterização estatística de cartas particulares psicografadas por Chico Xavier". Aqui nos limitamos a adiantar apenas algumas informações. Um versão em inglês com uma amostra menor é
3 - Essa estimativa (em cerca de 10 mil cartas) foi-nos indicada por Alexandre Caroli Rocha com base na referência: Silva, C. A. da (2012). As cartas de Chico Xavier: uma análise semiótica. Dissertação de Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa (Unesp/Araraquara). Seção 3.1, 1º parágrafo, p. 87.

27 de outubro de 2011

Pragmática e intenção nas cartas psicografadas de Chico Xavier.

Psicografia em Italiano, F. C. Xavier.
Este post contém um artigo submetido à revista 'Reformador' da Federação Espírita Brasileira em 7/fev/2011 que teve publicação recusada em 8/set/2011.

De forma bastante simplificada, um processo de comunicação é um conjunto de etapas que leva uma mensagem de um emissor a um receptor. Esse é a imagem popular de um processo ou mecanismo de comunicação, e podemos denominá-la de modelos de ‘transferência de informação’. Entretanto, ela é severamente limitada, embora pareça dar conta do processo de comunicação na maioria dos casos, principalmente com sistemas eletrônicos ou meios outros meios de comunicação (exemplos vão desde sinais de fumaça, telégrafos até o telefone). Em tempos recentes, boa parte da pesquisa sobre o processo de comunicação é desenvolvida através de várias teorias linguísticas, embora outras áreas de pesquisa (como a semiótica) tenham como objeto de estudo a comunicação não baseada na linguagem dos seres humanos, inclusive desenvolvendo modelos para comunicação entre seres vivos (plantas, animais etc). Modernas teorias linguísticas buscam explicar aspectos do processo de comunicação que não podem ser explicados pelos modelos simples de transferência de informação. Um processo eficiente de comunicação não é aquele em que partes ou pedaços de informação são transferidos para o recipiente e este, por sua vez, vai montando um quadro ou interpretação que é proporcional à quantidade de mensagens transmitidas. Há vários níveis ‘hierárquicos’ de informação dentro de uma mensagem e, para se ter uma ideia limitada desses níveis, é suficiente considerar a linguagem escrita.

Um texto escrito de próprio punho por alguém (emissor) a um seu conhecido (receptor) é um exemplo rico para os vários níveis de sinais linguísticos que se interrelacionam dinamicamente formando uma mensagem que só pode ser convenientemente compreendida pelo receptor. O primeiro nível existente é o da morfologia, afinal, se a mensagem é enviada pelo emissor, ela contém sinais grafados que o identificam univocamente. Uma vez ‘transcrita’ a mensagem em um meio que é independente da morfologia, aparecem então tipos de sinais que revelam outros níveis hierárquicos: a sintaxe (ou, que diz respeito ao cumprimento de regras próprias do idioma em que a mensagem é grafada) e a semântica (ou, que diz respeito ao significado das palavras e frases contidas no texto). Se a relação entre o emissor e o receptor sempre se deu, por exemplo, utilizando a língua portuguesa, então é natural que a sintaxe obedecida será a do português. No que diz respeito à semântica, o significado das palavras e grupos de palavras formando frases inteiras pode ser feito tanto se respeitando a regra (o chamado léxico) comum ou não. É muito comum que, entre grupos privados, regras semânticas particulares sejam utilizadas. Nesse caso, qualquer análise externa que pretenda inferir um significado ao texto escrito sem o conhecimento de um léxico particular é severamente limitada. Se esse léxico não está disponível em parte alguma, não é possível codificar corretamente o significado do texto, por mais que nos esforcemos. Um exemplo comum de problemas desse tipo é a tentativa de grupos dogmáticos cristãos em interpretar literalmente passagens ou textos inteiros do Velho e do Novo Testamento.

Há, entretanto, um último nível na hierarquia de sinais de comunicação que está muitas vezes oculto na mensagem: o da pragmática. Além do sentido aparente dado pela semântica, a mensagem do emissor é gerada de forma tal que apenas o receptor está completamente capacitado para compreendê-la. Por exemplo, se meu amigo, morando na Austrália, escreve a mim (receptor) uma carta contando das inúmeras belezas naturais daquele continente, seu objetivo pode ser apenas remover meus receios presentes de fazer uma visita a ele. Afinal, apenas ele sabe que eu não tenho o menor interesse em visitá-lo. Qualquer outra pessoa, ao ler a mesma carta, vai pensar que meu amigo apenas está empolgado com as belezas naturais daquele país. Embora morfologia, sintaxe e semântica sejam visíveis para todos (ou seja, são níveis de conhecimento linguístico disponíveis publicamente), o nível pragmático não é. Em todo o processo de comunicação, competência pragmática deve existir por parte do emissor para que o processo seja realmente eficiente. Isso é possível porque uma comunicação verdadeira só ocorre entre emissor e receptor que compartilham crenças anteriormente adquiridas.

Em paralelo com a questão da pragmática nas mensagens, há ainda questões ligadas à finalidade ou objetivo do texto que denominamos de ‘intenção’. Afinal pode ser que, dentre os inúmeros objetivos do emissor com o texto, o menor deles é o de comunicar alguma coisa. Mensagens podem ter como objetivo provocar determinadas impressões no receptor. Um exemplo interessante é o do indivíduo que chega a um posto de gasolina com seu carro e um pneu furado. Ele então fala para o primeiro funcionário do posto: ‘o pneu furou’ e aponta para o problema. Essa mensagem não tem como objetivo dizer que o pneu foi avariado, mas fazer com que o receptor faça alguma coisa diante da necessidade de se trocar o pneu. Fala-se assim no problema da ‘subdeterminação da intenção comunicativa’, na presença de expressões ‘semanticamente mal definidas’ e nos ‘atos não comunicativos’ (Bach, 1979), todos eles representando aspectos privados do processo.

É um exercício interessante analisar e encontrar cada um dos níveis de hirarquia de sinais de comunicação nas cartas psicografadas por Chico Xavier. Cada um deles, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática e intenção aparecem vividamente em diversas cartas, embora não extensivamente em todas ao mesmo tempo. Isso revela aspectos ocultos do processo de comunicação mediúnico que está de pleno acordo com a expectativa de interferência, e que ainda não são bem compreendidos. Ao contrário do que se pode pensar, a presença de interferência por parte do médium nas psicografias é uma evidência forte de processo de comunicação, uma vez que nenhum sistema de comunicação está imune a interferências. Existe interferência em cada um dos aspectos do processo, embora, para alguns deles, ela é menos extensiva. Quanto maior o nível considerado, menor a interferência por parte do médium. Reciprocamente, quanto maior esse nível tanto mais privada é a manifestação do nível (ver Figura abaixo).  

A pragmática e a intenção nas cartas estão diretamente ligadas a forte impressão causada aos parentes dos comunicantes que foram chamados a ‘decodificar’ o conteúdo, justamente pela presença de elementos que não estão publicamente disponíveis. É necessário reconhecer que, para que a estratégia do emissor tenha qualquer sucesso, um conjunto de crenças deve ser compartilhado entre o emissor e o receptor e que essas crenças não estão disponíveis antes (ou depois) do ato mediúnico. Se comunicar-se não é apenas ‘transportar’ informação, as cartas psicografadas por Chico Xavier (nosso exemplo mais notório) só podem ser explicadas se o médium teve ajuda explícita do emissor para escrever cada uma delas. O emissor (Espírito) é o agente que detém completamente a competência pragmática e a intenção, enquanto que o médium é o intermediário, interferindo ainda como fonte de ruído irredutível no processo que se manifesta nos níveis inferiores. Embora os aspectos mais superiores da pragmática e da intenção sejam os menos imunes à ação de ruído (interferência) pela mente do médium, são igualmente notáveis as comunicações ‘xenográficas’, ou escritas em uma sintaxe (e semântica) diferente da conhecida pelo médium, que demonstram que o Espírito tem o controle sobre níveis inferiores, além dos superiores. Esse é o melhor modelo para se explicar os fenômenos e os dados oriundos das cartas psicografadas. De acordo com esse modelo simplificado de comunicação, é compreensível também que o caráter ‘automático’ ou ‘mecânico’ da comunicação é tanto maior quanto mais completo deva ser o processo de comunicação nos vários níveis em que ele se manifesta. 

Nosso esforço aqui é parte de uma iniciativa que resultou em um pequeno texto sobre a aplicação das modernas teorias da linguagem e comunicação aos dados que se obtém das cartas psicografadas por Chico Xavier e que foi publicada na revista ‘Paranthropology’ (Xavier, 2010). Essa análise pode também ser aplicada a produções psicográficas de outros médiuns. Mais importante do que isso, ela revela que os aspectos justamente ‘não públicos’ são os mais importantes na caracterização e identificação do emissor. Não é possível explicar o conteúdo pragmático invocando-se aquisição de conhecimento por parte do médium ou mesmo simples emulação. Os detalhes pragmáticos e intencionais dependem de uma quantidade grande de conhecimento que é compartilhado historicamente entre o emissor (Espírito) e seus familiares (receptores) e que não estão disponíveis publicamente e que não se podem armazenar. Mesmo alguns aspectos públicos (como a semântica) dependem de conteúdo privado, principalmente quando o emissor intencionalmente faz uso de palavras com significado diferente do usual.

Esperamos que novas pesquisas sejam dirigidas ao estudo dos vários níveis que caracterizam uma comunicação mediúnica efetiva além de outros aspectos. Parte disso já tem acontecido, como um estudo recente sobre o papel das citações (Rocha, 2010) nos textos psicografados. Tais estudos descobriram textos desconhecidos de Humberto de Campos citados por ele em Espírito. Esse estudo não é apenas importante para caracterizar os vários níveis encontrados nas mensagens e, assim, responder a questionamentos céticos, mas também para formar uma imagem mais precisa do processo psicográfico em si. Em particular eles podem revelar detalhes sobre como se dá a interação entre a mente do médium e a do emissor a fim de que o processo de comunicação seja o mais transparente possível.

Referências
  • Arantes H. M. C & Xavier F. C. O conteúdo das cartas foi publicado em várias obras publicados pela Editora do Instituto de Difusão de Araras e GEEM (ver, por exemplo, Ramacciotti C. & Xavier F. C. (1975), Jovens no Além).
  • Bach K. & Harnish R. M. (1979), Linguistic communication and speech acts, Cambridge Mass: MIT Press.
  • Grumbach C., Gentile L. A. & Pelele P. P. (2010), As cartas psicografadas de Chico Xavier, Crisis Produtivas and Ciclorama Filmes.
  • Rocha, A. C. (2010). Uma estratégia para a construção autoral na psicografia: as citações. A Temática Espírita na Pesquisa Contemporânea, textos selecionados. Editado por CCDPE-ECM. 
  • Xavier A. (2010). ‘Pragmatic and intention in automatic writtings: the Chico Xavier case’, Paranthropology, vol II, Numero 1, p 47-51. Disponível publicamente em http://paranthropology.weebly.com/
Ver também: Cartas psicografadas neste blog em 3 partes.