7 de maio de 2014

Crenças Céticas XXIV - Pequeno manual de falácias não formais com exemplos do ceticismo (3)

Fig. 1 "Médicos fumam o cigarro Camels mais do que qualquer outro".
Terceira parte da série de posts sobre falácias de relevância, com exemplos tirados do ceticismo. Para o post anterior dessa série clique aqui.

Falácia de relevância: Argumentum ad Autoritatem
É importante dizer que o argumento da autoridade não constitui sempre uma falácia. A base do argumento é que determinada afirmação é verdadeira porque alguém, entendido no assunto, disse que assim é ou não é. O problema com esse tipo de argumento ocorre quando a autoridade não está absolutamente garantida ou quando ela é falsa. Portanto, a validade do argumento é uma probabilidade que vai a zero quando o argumento tem base em falsa autoridade. Em assuntos onde essa autoridade é aplicável, o argumento é válido sob determinadas condições.

A Fig. 1 é um exemplo interessante e até cômico disso. Trata-se de uma propaganda antiga do cigarro Camel. A imagem é de um médico com um cigarro (justaposta a uma imagem da marca). A propaganda pretende induzir fumantes a consumirem o cigarro Camel porque ele é o mais fumado entre médicos. Há várias mensagens implícitas nessa propaganda. Uma delas é que médicos também fumam, o que significa que fumar não seria tão ruim assim para a saúde. Mas, como a imagem do cigarro está associada à perda progressiva de saúde, então, fumar cigarro dessa marca é preferível porque médicos, os especialistas em saúde humana, fumam mais dele!

É costume também chamar esse tipo de falácia de argumentum ad vericundiam (ref. 1, recurso à autoridade desqualificada, Fig.2). Simplesmente porque alguém é uma grande autoridade qualificada em determinado assunto (principalmente quando esse assunto é considerado relevante), não dá a ela autoridade sobre qualquer outro.

Disso surgem inúmeros usos indevidos, na defesa dos mais diferentes pontos de vista. No campo das controvérsias científicas ou assuntos de fronteira, a aplicação desse argumento é generalizada.

Fig. 2 A base da falácia está no fato de que Y, embora seja autoridade em alguma coisa, não está qualificada para julgar a proposição X.

No campo da  fenomenologia psíquica...

Dentre os argumentos listados em (2), encontramos este, que representa a opinião típica expressada por céticos dos fenômenos mediúnicos ou psíquicos:
Não me interessa quão boa a sua evidência é, não acredito nela até que a maioria dos cientistas também a aceite. A evidência que você apresenta não pode estar certa porque isso significa que centenas de livros texto ou milhares de especialistas estão errados. (3)
A base do argumento é, claramente, a opinião de especialistas que teriam uma suposta autoridade na qualificação ou não de uma evidência. Aqui temos um exemplo que se confunde com a falácia ad Populum, uma variedade de falácia com base na quantidade dos que sustentam opinião contrária.  Na mesma linha, encontramos (4):
Sua evidência não pode ser real porque não é possível que milhares de pesquisadores não a tenham percebido antes durante todos esses anos. Se sua descoberta fosse real, cientistas que trabalham nesse campo já estariam sabendo.

Não importa se a evidência está relacionada a um evento raro ou se exige condições especialíssimas (que nunca foram obtidas por estudos acadêmicos em momento algum do passado), esse tipo de argumento parece fazer sentido aos que se ligam ao argumento da autoridade. É um tipo de enceguecimento da mente, que obsta uma compreensão dilatada das coisas, e que cria uma separação entre a realidade e aquilo que é popularmente aceito, que acaba valendo mais no contexto das opiniões prontas do momento.

Embora esse argumento seja logicamente equivocado, não deixa de ter profunda influência na cabeça de muitas pessoas e atinge até decisões de investimento quando se trata de definir áreas de investigação na fronteira do conhecimento ou em campos potenciais onde a pesquisa científica financiada publicamente jamais se aventurou.

Kardec sobre o argumento.

Também na época de Kardec, houve céticos que invocaram o argumento da autoridade para desqualificar tanto a teoria espírita dos fenômenos como eles próprios. Sobre isso, Kardec pondera (5):
Com relação às coisas notórias, a opinião dos cientistas é, com toda razão, fidedigna, porquanto eles sabem mais e melhor do que o vulgo. Mas, no tocante a princípios novos, a coisas desconhecidas, essa opinião quase nunca é mais do que hipotética, visto que eles não se acham, menos que os outros, sujeitos a preconceitos. Direi mesmo que o cientista tem, talvez, mais preconceitos que qualquer outro, porque uma propensão natural o leva a subordinar tudo ao ponto de vista donde mais aprofundou os seus conhecimentos: o matemático não vê prova senão numa demonstração algébrica, o químico refere tudo à ação dos elementos, etc. Aquele que se fez especialista prende todas as suas idéias à especialidade que adotou. Tirai-o daí e o vereis quase sempre desarrazoar, por querer submeter tudo ao mesmo cadinho: conseqüência da fraqueza humana. Assim, pois, consultarei, do melhor grado e com a maior confiança, um químico sobre uma questão de análise, um físico sobre a potência elétrica, um mecânico sobre uma força motriz. Hão, porém, de permitir-me, sem que isto afete a estima a que lhes dá direito o seu saber especial, que eu não tenha em melhor conta suas opiniões negativas acerca do Espiritismo, do que o parecer de um arquiteto sobre uma questão de música. (Grifos nossos)
Essa passagem demonstra que Kardec já expressava talvez a opinião mais lúcida de sua época com relação a críticos que insistem em contrapor a autoridade científica a fenômenos que não fazem parte de seu escopo (pelos quais ela não se interessa). É bastante evidente que a especialização, embora tenha a enorme vantagem de prover tempo dedicado ao estudo de um determinado assunto, limita a abrangência ou visão com relação a quaisquer fatos ou fenômenos fora dela. 

Isso acontece frequentemente mesmo dentro da atividade acadêmica normal, onde a opinião de um cientista de uma determinada área pode se mostrar deficiente se aplicada a outros tipos de fenômenos (os que são verdadeiramente sensatos reconhecem suas limitações). Imaginemos agora o que poderíamos esperar com fenômenos totalmente diversos daqueles observados na natureza material. 


Referências e notas


(1) http://philosophy.lander.edu/logic/authority.html 
(2) W. J. Beaty (1996) Symtoms of pathological skepticism. http://www.eskimo.com/~billb/pathsk2.txt (Acesso em 2014)

(3) Texto original em inglês: I don't care how good your evidence is, I won't believe it until the majority of scientists also find it acceptable. Your evidence cannot be right, because it would mean that hundreds of textbooks and thousands of learned experts are wrong.

(4) Your evidence cannot be real because it's not possible that thousands of researchers could have overlooked it for all these years. If your discovery was real, the scientists who work in that field would already know about it.

(5) Kardec A. "O Livro dos Espíritos", Introdução ao estudo da Doutrina Espírita , VII. Texto de www.ipeak.com.br



25 de abril de 2014

O cérebro como a última fronteira da ciência: perspectivas recentes e a visão espírita (1)

Tivemos a satisfação de ter publicado o artigo "Le cerveau comme ultime frontière de la science: perspectives récentes et vision spirite" na revista Revue Spirite, número 93 (1). Agradeço ao Leandro Pimenta e ao Jérémie Philippe pela oportunidade dessa publicação. Com a devida autorização da revista, numa série de dois posts que se inicia com este, apresentaremos o texto integral em português desse artigo. ATENÇÃO: as referências do artigo serão apresentadas no final post final.

Conteúdo do artigo
  • Introdução 
  • As diversas abordagens da mente que não consideram a fenomenologia psíquica 
  • A fenomenologia psíquica que expande a variedade de experiências conscientes 
  • Surge a física quântica 
  • Discussão Final 
  • Referências.
O Espiritismo e o materialismo são como dois viajantes que caminham juntos, partindo do mesmo ponto; chegados a certa distância, um diz: “Não posso ir mais longe”; o outro continua sua rota e descobre um mundo novo. Por que, pois, o primeiro diz que o segundo é louco, pois este, entrevendo novos horizontes, quer franquear o limite onde o outro acha conveniente se deter? (A. Kardec)
Introdução

Desde seu aparecimento com Allan Kardec, o Espiritismo expandiu consideravelmente nossa compreensão a respeito de uma multiplicidade de fenômenos naturais e ocorrências anômalas, antes consideradas como pertencente ao reino do maravilhoso e do sobrenatural. Alguns desses fenômenos foram, em parte, considerados recentemente na parapsicologia, mas são sistematicamente desprezados pelo status quo acadêmico, que está exclusivamente voltado para o desenvolvimento de seus próprios paradigmas. Diante da proposta espírita, que tem na imortalidade e reencarnação suas maiores bandeiras, como podemos compreender as pesquisas recentes no campo da consciência e da mente? Que contribuições se pode esperar do Espiritismo para as futuras teorias da mente? A física quântica representa uma nova abordagem em direção a vias não materialistas de se compreender a mente? Este texto tem como objetivo dar subsídios ao leitor na tentativa de resposta a algumas dessas questões. Embora não tenhamos hoje uma teoria suficientemente abrangente para a mente, defendemos aqui a noção de que não é possível desprezar os fenômenos psíquicos (mediunidade, experiências fora do corpo, experiências de quase morte etc) que terão papel fundamental na gênese de abordagens científicas completas para o fenômeno da consciência, que surge como última fronteira ainda inexplorada da ciência. 

As diversas abordagens da mente que não consideram a fenomenologia psíquica.

Teorias recentes sobre o cérebro consideram seu funcionamento dentro do paradigma materialista, que é essencialmente monista, ou seja, consideram a consciência como uma consequência, como algo que resulta de outro, não como causa ou princípio irredutível. A consciência é vista como produto de atividades básicas do cérebro, onde neurônios, sinapses e, principalmente, o arranjo das ligações entre um número muito grande de estruturas cerebrais fundamentais têm papel fundamental. À complexidade dos sinais que se propagam através de vias de comunicação do cérebro e do sistema nervoso é creditada a variedade, colorido e exuberância das experiências da consciência. Também chamada de teoria da identidade mente-cérebro, sua maior promessa é reduzir todas as múltiplas experiências mentais a funções mais ou menos elementares entre os diversos constituintes do cérebro. Assim, da mesma forma como a função do estômago é produzir a digestão, o do cérebro seria produzir a experiência consciente. A força da abordagem monista da mente está no sucesso recente do fisicalismo e do reducionismo, que possibilitaram desenvolver métodos e explicações para muitos fenômenos da matéria. É uma crença nas neurociências que essa redução a leis e interação entre átomos, que teve tanto sucesso na explicação do comportamento da matéria bruta, possa ser estendida com igual sucesso para a ‘matéria pensante’.

Consideremos brevemente o paradigma mais recente das redes neurais como modelo de ‘processamento’ que ocorrem em todo o sistema nervoso central e periférico. Esse paradigma engloba em parte a noção de ‘inteligência artificial’ (Haykin, 1994; McCulloch e Pitts, 1943). Um neurônio é, essencialmente, uma unidade de processamento elementar que integra sinais elétricos que chegam a ele (por meio das chamadas ‘entradas sinápticas’) e que retorna um sinal elétrico de saída que se propaga ao longo de uma fibra da célula nervosa chamada axônio. No corpo celular, onde se dá a integração dos sinais provenientes das sinapses, ocorre o processamento das entradas e o sinal de saída depende de um potencial interno de ativação. Ao se agrupar conjuntos de neurônios em camadas – cada neurônio recebendo as mesmas entradas – é possível modelar o processo de aprendizado que se reduz a um problema de otimização (Rosenblatt, 1958). Acredita-se que o cérebro, sendo formado por aglomerados compactos de bilhões de células nervosas, opere em escala microscópica o processamento de sinais que chegam a cada um dos nervos do sistema nervoso periférico. Desenvolvimentos recentes em redes neurais mostraram que essas redes podem ser classificadas em dois tipos: redes de propagação avançada (feedforward propagation) e redes recorrentes. Essas últimas diferem das primeiras por permitirem que sinais de saída de um dado neurônio alimentem, como entrada, outros neurônios de uma mesma camada e o próprio neurônio. Em outras palavras, redes recorrentes admitem feedback ou realimentação. Neurônios biológicos são todos do tipo recorrente, ou seja, o processamento da informação (que, segundo esse modelo está armazenado nos pesos sinápticos e potenciais de ativação de cada célula nervosa) faz uso maciço de realimentação. Além disso, ele também utiliza processamento paralelo. Embora a eficiência computacional de redes neurais seja inferior a outros tipos de processadores (numa comparação com processadores eletrônicos), acredita-se que a quantidade gigantesca de células e conexões neurais, o paralelismo e uso de realimentação torne o cérebro um dispositivo único, no que diz respeito ao tratamento de grandes quantidades de informação. Os desenvolvimentos em redes neurais mostraram que é possível dividir o processo de aprendizado em vários tipos (com ou sem supervisão externa) e os estudos mais interessantes ocorreram no campo da neurodinâmica, com aplicações em redes recorrentes. Acredita-se que a nonlinearidade intrínseca das redes com realimentação e seu elevado número de conexões seja a principal fonte de riqueza de informação no cérebro (Hopfield, 1982). Essa não linearidade é fonte de caos clássico, sendo possível encontrar descrições deterministas da dinâmica entre neurônio, onde o processo de lembrança é visto como um problema de convergência de estados mentais em torno de mínimos de energia e bases de atratores caóticos (Hopfield e Tank, 1986). O determinismo implícito nesses modelos de dinâmica entre neurônios é pontuado pela influência do ruído, que é tomado como fonte de aleatoriedade e, portanto, origem do livre-arbítrio do ser pensante na visão reducionista da mente. 
Um diagrama esquemático de uma rede neural com realimentação. Os sinais de entrada (x1, x2 e x3) são misturados aos sinais de realimentação que vêm de cada neurônio (cujos centros são representados pelos círculos com o sinal de "+"). As saídas, y1, y2 e y3 são, portanto, não apenas função da entrada. Esse tipo de arranjo (conhecido como "rede de Hopfield") cria não linearidades e comportamento aleatório, fornecendo um paradigma para explicar, talvez, o livre arbítrio (?). Embora sua simplicidade, esse tipo de rede estaria na base de todas as estruturas do sistema nervoso.
Embora o grau de sofisticação dos modelos numéricos em neurodinâmica, o problema central da consciência permanece, uma vez que não é possível associar o trânsito de informação (na forma de sinais elétricos) entre neurônios, com a riqueza exibida pelos estados de consciência, conforme explicaremos mais adiante.  Assim, em paralelo com os recentes desenvolvimentos das neurociências, permanece o paradigma dualista como abordagem alternativa para a consciência. Diferente da abordagem monista, para a qual a consciência é um produto de arranjos específicos entre elementos fundamentais que formam o cérebro, no dualismo não se pode reduzir a mente a um arranjo desses elementos, por mais complexos que sejam. O ser humano (e, muito possivelmente a imensa maioria dos animais) é, em essência, um sistema dual, composto de matéria, que forma a contraparte tangível, e espírito (ou a mente) que interage, através de um mecanismo especial, com a matéria, mas que é, ele mesmo, intangível. Isso significa que não é possível registrar o espírito da mesma forma como se faz com a matéria, apenas suas manifestações são percebidas. Em uma variedade especial de dualismo, o espiritualismo admite que esse princípio, que carrega a consciência, é independente da matéria, o que possibilita ao primeiro sobreviver à decomposição da última com o fenômeno chamado ‘morte’.

Em princípio, seria possível contrapor o dualismo ao monismo fisicalista, considerá-los como duas explicações antagônicas para a mente, mas, isso não é verdade. O grande psicólogo americano William James brilhantemente construiu um paralelo para explicar como o cérebro pode ser visto como um órgão transmissivo da consciência, que existiria em um espaço inacessível, mas que, por meio do cérebro, se manifesta no mundo. Ele considerou o exemplo do prisma óptico, que é capaz de separar a luz branca em suas cores fundamentais. A luz é a verdadeira causa do espectro que, apenas pelo prisma pode ser decomposta. Assim, também, a consciência é uma manifestação, através do cérebro, do espírito que, de outra forma, não pode se manifestar. Portanto, considerar a consciência como origem no cérebro é tão equivocado quanto acreditar que o prisma gere as cores do espectro da luz branca. Modernamente, esse paralelo ganhou novas versões através dos dispositivos de telecomunicações. Portanto, à crítica materialista de que o cérebro é a verdadeira fonte da consciência porque, uma lesão nele, leva a sequelas mais ou menos graves nas manifestações da consciência, pode-se contrapor a noção do cérebro como órgão de transmissão das funções da consciência, que têm sua origem em uma mente fora do cérebro. Alias essa noção já se encontra bem desenvolvida em ‘O Livro dos Espíritos’ (Kardec, 1949), conforme se pode ler no Capítulo VII, ‘Da volta do Espírito à vida corporal’, ‘Influência do organismo’ (Questões 367-370 e 375). Portanto, há uma dinâmica de sinais entre neurônios, no cérebro, que é necessária para facultar a manifestação do verdadeiro ser pensante que é a fonte da consciência.

De um ponto de vista puramente filosófico, o reducionismo fisicalista e o dualismo permanecem como as principais teorias da mente, embora outras abordagens também existam como o Behaviorismo analítico, o funcionalismo e o monismo não redutivo (Maslin, 2001). Todas elas mais ou menos pregam o caráter irredutível da mente, sem postular a existência de um elemento independente da matéria. Uma teoria suficientemente abrangente da mente deve ser capaz de explicar os diversos aspectos da consciência que, conforme Maslin (2001), podem ser sumariamente descritos por: 

i) sensações (dores e prazeres, por exemplo); 
ii) cognições (acreditar, saber, compreender, raciocinar etc); 
iii) emoções (medo, ciúme, inveja, raiva etc); 
iv) percepções (visão, audição, paladar etc); 
v) estados de quase percepção (sonhar, imaginar, ‘ver com os olhos da mente’ etc) e 
vi) estados conativos (querer, intentar, desejar etc). 

No caso das sensações, por exemplo, essa teoria deve explicar e justificar a existência e variedade dos qualia ou modo peculiar pelo qual as sensações se apresentam ao ser pensante. Tal tarefa presentemente nem de longe foi realizada, considerando outros aspectos da experiência consciente, além dos qualia, tais como: não localidade (embora seja possível localizar alguns sensações, não tem sentido falar em localização das emoções, dos estados de quase percepção etc); caráter disposicional de crenças, memórias e conhecimentos (em um dado instante, é possível saber algo sem se estar ciente disso naquele instante); intencionalidade (que é característico dos estados conativos, mas, por exemplo, não das sensações); perspectivas de primeira e terceira pessoa (só eu, por exemplo, sei das minhas próprias experiências, mas apenas conheço as manifestações da consciência dos outros por meio das minhas percepções e cognições); além do aspecto de translucidez, que está intimamente associado ao caráter de primeira pessoa da experiência consciente e do caráter holístico dos estados intencionais que estão ausentes, por exemplo, nas sensações (Searle, 1984).

Próximo post: A fenomenologia psíquica que expande a variedade de experiências conscientes.

Nota

(1) - Revue trimestrelle: 157 année - Revue Spirite - Journal d'Études Psychologique.
(2) - http://www.larevuespirite.com/home.php