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3 de agosto de 2015

Breves comentários sobre o texto "Teosofia e reencarnação"


"Não há religião maior que a verdade". H. Blavatisky. 
Recebi por e-mail o link do texto "A Teosofia e a Reencarnação" (1) por Carlos C. Aveline. Nesse texto, seu autor faz alguns comentários sobre o tema "reencarnação" segundo a visão da Teosofia. De forma geral, considero as ponderações feitas - e que são extraídas das chamadas "Cartas dos Mahatmas" - bastante oportunas porque descrevem os fundamentos da reencarnação segundo o ponto de vista baseado em ideias orientais, que antecederam em muito o conceito de reencarnação popularizado pelo Espiritismo no ocidente. De forma geral, há muitos pontos em comum com a visão espírita.

Porém, fazemos aqui alguns comentários adicionais, ressaltando as diferenças que existem entre as justificativas espírita e teosófica para alguns conceitos que esperamos sirvam para elucidar esses conceitos, sem a pretensão de polemizar. Os textos de (1) estão em verde, enquanto citações de Kardec estão em azul.

Três nascimentos

De forma simbólica, o texto (1) descreve a vida humana como três "nascimentos": (i) O nascimento da reencarnação (saída da placenta), (ii) a morte (libertação da alma do corpo físico) e, (iii) no último deles, a alma "rompe sua casca astral" para poder viver no Devachan, que é chamado de "local dos deuses" e onde ela passa a viver um "descanso abençoado" até sua próxima reencarnação (ver abaixo). 

Do ponto de vista dos princípios, a noção da continuidade da existência é exposta em (1): 
Um dos momentos decisivos ocorre com a passagem definitiva da consciência individual do mundo denso da matéria para o mundo sutil do astral. Este é o momento da morte física, que, na verdade, constitui mais um nascimento.
o que implica na existência de outro "plano" ou "universo" onde a verdadeira alma do homem habita. A Teosofia postula a existência de um complicado sistema de corpos como formando o ser humano encarnado. Por causa disso, ideia do Devachan - pelo que é descrito em (1) - não se assemelha ao "Plano Espiritual" que, fundamentalmente, é o espaço da existência para a condição de erraticidade introduzido por A. Kardec (2):
ERRATICIDADE – estado dos Espíritos errantes, isto é, não encarnados, durante os intervalos de suas diversas existências corpóreas. A erraticidade absolutamente não é símbolo de inferioridade para os Espíritos. Há Espíritos errantes de todas as classes, sal­vo os da primeira ordem, ou puros Espíritos, que, não tendo mais que passar pela reen­carnação, não podem ser considerados errantes. Os Espíritos errantes são felizes ou in­felizes, conforme seu grau de depuração. É nesse estado que o Espírito, então despojado do véu material do corpo, reconhece suas existências anteriores e as faltas que o distan­ciam da perfeição e da felicidade infinita. É ainda nessa condição que ele escolhe novas provas, a fim de progredir mais rapidamente.
Assim, erraticidade nada mais é do que o estado da alma desencarnada. Como ela não depende da matéria para existir, do ponto de vista lógico, não há necessidade de se entrar em um reino especial também para que continue a existir. A condição da existência é determinada pela continuidade do espaço-tempo e por sua independência com o elemento material.

Mesmo considerando o Devachan como um lugar de descanso, não é possível prever que todos indistintamente tenham direito a ele depois da morte. Por isso, em (1) descreve-se as condições necessárias para que se atinja o Devachan (3):
Segundo uma crença amplamente difundida entre todos os hindus, o futuro estado pré-natal e o nascimento de uma pessoa são moldados pelo último desejo que ela pode ter no momento da morte. Mas este último desejo, dizem eles, depende necessariamente da forma que a pessoa tenha dado a seus desejos, paixões, etc., durante a sua vida passada. (grifos meus)
Em outras palavras, conforme o último desejo que o indivíduo teve antes de morrer, assim será sua condição em uma próxima existência e seu estado após a morte. Não poderia haver maior diferença com o que descobriu Kardec (4):
Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro envoltório, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se têm podido observar por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade que, em certos indivíduos, persiste entre a alma e o corpo, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas. (grifos meus)
Do ponto de vista lógico, não parece fazer sentido que o estado da alma após a morte deva depender apenas de seu último desejo, ainda que se considere que esse desejo dependa do caráter da pessoa. Afinal, mesmo os maus podem ter eventualmente desejos bons. Muito menos faz sentido imaginar que esse mesmo desejo determine sua condição em toda uma futura existência. 

O que depende a condição do Espírito em seu retorno? O "Livro dos Espíritos" descreve em detalhes as possíveis vias que o Espírito pode tomar em uma futura existência como pode-se ler no Capítulo VI. No Capítulo VII "Da volta do Espírito à vida corporal" podemos ler (5) :
Chegando ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe o gênero de existência que acredita ser o mais próprio a lhe fornecer os meios de adiantar-se, e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar. 
O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não fazer certas coisas, procedendo à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio seria reduzi-lo à condição de máquina. (grifos meus)
Essa liberdade de escolha parece muito mais lógica e menos sujeita a arbitrariedades do que um eventual "desejo" terminal poderia impor. 

Oposição à mediunidade

Como grifado na citação (3), essa ideia se baseia em uma "crença amplamente difundida entre hindus". Já o conhecimento desenvolvido por Kardec está fundamentado em entrevistas que ele fez a muitos Espíritos que descreveram seus estados após a morte física. Isso obviamente depende da sanção fornecida pelo mecanismo de comunicação, que é a mediunidade.  Por incrível que pareça, a Teosofia iria se colocar contra a mediunidade e seu uso. Na seção 7 de (1), há uma "explicação" sobre porque a mediunidade deve ser evitada: 
A regra é que uma pessoa que tenha uma morte natural permaneça ‘desde algumas horas até uns poucos anos’ dentro da atração da terra, isto é, no Kama-loka. Mas há exceções, no caso dos suicidas e daqueles que têm uma morte violenta em geral. (.......) Felizes, três vezes felizes, em comparação, são aquelas entidades desencarnadas que dormem seu longo sono e vivem em sonhos no seio do Espaço! E pobres daqueles cuja Trishna os atraia para os médiuns, e pobres destes últimos, que os colocam em tentação (...).  Pois ao agarrar-se a eles e satisfazer sua sede de vida, o médium ajuda a desenvolver neles - é de fato a causa de - um novo conjunto de Skandhas, um novo corpo, com tendências e paixões muito piores que as do corpo anterior.  (...) Se pelo menos os médiuns e espíritas soubessem, como eu disse, que cada novo ‘anjo-guia’ a que eles dão as boas-vindas em êxtase é induzido por eles a um Upadana que produzirá uma série de males indescritíveis para o novo Ego (...) - eles seriam, talvez, menos liberais na sua hospitalidade.
A razão exposta acima não é a única já aventada dentro do movimento teosófico. Para sustentar a ideia de Devachan e de outros conceitos que pregam uma espiritualidade ilusória, a mediunidade teve que ser negada, já que a opinião dos Espíritos se opõe aos detalhes dessas explicações teosóficas. Mas, o texto em verde citado acima não nega a possibilidade de comunicação, o que seria ir longe demais para um espiritualista. Apresenta, porém, argumentos poucos convincentes sobre supostas consequências negativas de seu uso como a ideia de Upadanas que, segundo (1) seria o "processo de se adquirir órgãos materiais" e que provocariam "males indescritíveis" no "novo ego". Nada disso foi confirmado pelos próprios Espíritos e não tem fundamentação lógica diante do mecanismo de comunicação descoberto de Kardec. Como é amplamente confirmado por pesquisas em diversas partes do mundo (8), a mediunidade de fato constitui um canal de comunicação com os desencarnados que deve ser bem usado como ferramenta de exploração. 

Chegamos assim a uma diferença substancial entre o Espiritismo e a Teosofia. Kardec descobriu que seria possível, da mesma forma como é nas ciências naturais, chegar ao conhecimento sobre a realidade além-túmulo por meio da "experimentação". Como alguém que explora um novo continente ou mundo, as entrevistas com os desencarnados permitem não só identificar a autoria das comunicações como a do próprio "ego" ou "alma" anterior, como também descobrir as condições e consequências do estado dessa alma desprendida do corpo (7):
As comunicações espíritas têm como resultado mostrar o estado futuro da alma, não mais em teoria, porém na realidade. Põem-nos diante dos olhos todas as peripécias da vida de além-túmulo. Ao mesmo tempo, entretanto, no-las mostram como conseqüências perfeitamente lógicas da vida terrestre e, embora despojadas do aparato fantástico que a imaginação dos homens criou, não são menos aflitivas, para os que fizeram mau uso de suas faculdades. Infinita é a variedade dessas conseqüências. Mas, em tese geral, pode-se dizer: cada um é punido por aquilo em que pecou. Assim é que uns o são pela visão incessante do mal que fizeram; outros, pelo pesar, pelo temor, pela vergonha, pela dúvida, pelo insulamento, pelas trevas, pela separação dos entes que lhes são caros, etc.
Como tudo evolui, a mediunidade, como técnica ou método de comunicação também evoluirá, servindo à Humanidade como farol a revelar a condição dos homens em sua vida futura.

Um intervalo de 1000 a 4000 mil anos para reencarnar.

A ideia em (1) que mais contrasta com as descobertas espíritas atuais é a noção de que a alma precisa aguardar dezenas de séculos para reencarnar. A razão, segundo (1), está na própria noção de Devachan:
Ali viverá um descanso abençoado até o momento de preparar-se para um novo nascimento no plano físico. Isso ocorrerá quando a individualidade “despertar” do Devachan, em média entre mil e quatro mil anos depois da morte física.
A posição espírita sobre a questão, sobre o intervalo entre encarnações sucessivas, está exposta na questão 224 de "O Livro dos Espíritos" (9):
224. Que é a alma no intervalo das encarnações?
"Espírito errante, que aspira a novo destino; fica esperando."
a) - Quanto podem durar esses intervalos?
"Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há limite máximo estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes."
b) - Essa duração depende da vontade do Espírito, ou lhe pode ser imposta como expiação?
"É uma conseqüência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com proveito."
(grifos meus)
Há ainda outros argumentos que inviabilizam essa crença em centenas de séculos para esse intervalo. Como resumo, temos:
  1. Do ponto de vista lógico, uma vez que o Espírito é independente da matéria, não existe razão para que um intervalo dessa duração seja necessário. Esse intervalo obedece às necessidades do Espírito frente as novas condições de existência e são resultado da combinação de sua escolha de provas com as condições oferecidas pelo ambiente terreno (conforme explicado na questão 224 citada acima). Em outras palavras: o livre-arbítrio do Espírito o dispensa de qualquer regra que fixe um período para reencarnar;
  2. O crescimento populacional vertiginoso observado nos últimos séculos, torna inviável que os Espíritos permaneçam tanto tempo sem reencarnar. Em um trabalho recente apresentado no  7o. ENLIHPE chamado "Uma abordagem estatística para a determinação do tempo de vida entre encarnações sucessivas" (10),  discutimos diversas medidas associadas à dinâmica entre reencarnações que são prevista pelos princípios espíritas. Alguns modelos preveem tempos de erraticidade muito diferentes da crença exposta em (1);
  3. Finalmente, as recentes pesquisas com crianças que se lembram de suas vidas anteriores (11), realizadas por I. Stevenson e J. Tucker (12) devem ser lembradas. Em particular, Tucker conseguiu medir intervalos médios entre 6 até 16 meses entre encarnações para crianças que tiveram suas vidas anteriores plenamente identificadas. A existência inconteste desses casos invalida definitivamente a noção de dez a quarenta séculos como intervalo entre encarnações.
Quem pensaria no século XIX que reencarnação pudesse ser pesquisada como um tema de exploração científica? Como ficam crenças assim expostas diante das evidências colhidas na Natureza? Essas descobertas nunca antes imaginadas estão, porém, de acordo com o espírito realmente revolucionário da era do Espírito. 

E as "Experiências fora do corpo" e "visões de leito de morte" ?

A ideia do Devachan, da aparente "incomunicabilidade" da alma ao dar entrada por séculos na "morada dos deuses", a existência de "cascões astrais" etc encontra ainda dificuldades ao se considerar as pesquisas recentes de EQM - ou experiências de quase morte - e de outros fenômenos psíquicos que acontecem no momento da morte (13).  Nas EQMs, por exemplo, há casos em que lembranças do passado (o tal "filme" da vida que seria rememorado no instante do desenlace) ocorrem, porém, não necessariamente em todos os casos. Nelas os sujeitos descrevem lugares e encontros com pessoas falecidas e relatam os eventos como "sonhos lúcidos", que causam impressão mais real do que a vigília (ver 13).

Nas EQMs, quem quase morreu retorna descrevendo em detalhes a possibilidade de existência independente do corpo físico, desde a sala ou ambiente onde seus corpos foram deixados, sensações de desdobramento, de "voo" fora do corpo, de cenas e ambientes próximos etc. Isso contrasta bastante com as teses apresentadas em (1). De fato, em (14) encontramos a seguinte descrição que confirma (1):
A morte para nós, então na forma de nosso mais profundo ser, é uma retirada da vida, mas de uma forma diferente e mais elevada, de ordem espiritual. Não nos lembramos depois do evento de nossa morte ou do momento em que estamos 'mortos', porque perdemos nosso veículos normais de consciência e não desenvolvemos as faculdades espirituais necessárias. Na maioria de nós, nossos veículos inferiores, aqueles que constituem nossa personalidade, não apenas se tornam pouco responsivos, demonstrando falta de refinamento necessário, mas, por causa de nossas ações motivadas por desejos, são muito obstrusivos. Eles exigem demais nossa atenção. Nossa vida pós-morte representa nosso sonho devachânico. Esse estado de sonho, fomos informados, é mais 'real' para nós do que nossa vida objetiva agora.  Notamos que, de acordo com tais ensinos, não atravessamos os vários planos do ser, o astral, o cármico e assim por diante, com consciência depois da morte, como alguns autores dessas questões afirmam. HPB (Helena Blavatsky) explicou como essas visões de quase morte, incluindo aquelas que agora são chamadas experiências de quase morte (EQMs), a incluir entes queridos do passado, várias vezes em ambientes idealizados. Muitos autores interpretam tais visões como vislumbres do mundo astral, mas nós já sabemos que esses desaparecem no momento da morte. De fato, para o homem ordinário, o mundo 'astral', kama-loka, não obstante os vários níveis é, de acordo com HPB, no seu nível mais inferior, nada mais que um lugar bastante indesejável contra o qual estamos protegidos em nossa vida comum. (grifos meus
De novo, essas considerações não estão de acordo com os fatos observados durante as EQMs e das experiências de leito de morte confirmadas (13). Também não concordam com inúmeros outros eventos psíquicos que só podem ser explicados se o Espírito existe de fato em um mundo paralelo, que ele está desperto, com faculdades sensoriais ampliadas, justamente o oposto de um sonho ou ilusão, que suas lembranças não são apagadas etc.

As consequências práticas da visão da morte como um "sonho devachânico" e inacessível não diferem muito daquelas do sonho que antecede a ressurreição para alguns credos cristãos. O que preocupa, porém, é imaginar as consequências dessas crenças para o futuro da Teosofia, já que elas se colocam em oposição às experiências psíquicas mais elementares. 

Referências


2 - A. Kardec. Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, Vocabulário Espírita, ERRATICIDADE (versão www.ipeak.com.br)

3 - De acordo com (1), essa resposta pode ser encontrada em Carta 93B em “Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett” (volume II, pp. 139-140).

4 - Comentário de A. Kardec à questão 155 de "O Livro dos Espíritos" (versão www.ipeak.com.br)

5 - Fragmento da resposta à questão 399 de "O Livro dos Espíritos".

6 - Segundo (1) a citação pode ser encontrada em “Cartas dos Mahatmas”, Carta 68, volume I, pp. 312-313.

7 - Resposta à questão 973 em "O Livro dos Espíritos" por A. Kardec. Segundo www.ipeak.com.br

8 - Para não citar fontes "espíritas", sugiro aos teosofistas darem uma olhada em pesquisas sobre mediunidade produzidas por alguns centros de estudo como:
9 - A. Kardec, "O Livro dos Espíritos" (versão www.ipeak.com.br).



12 - J. Tucker (2013).  "Return to Life: Extraordinary Cases of Children Who Remember Past Lives". http://www.amazon.com/Return-Life-Extraordinary-Children-Remember/dp/1250005841

13 - Ver:

Livro III - O Que Acontece Quando Morremos (Dr. Sam Parnia) 
Cinco principais "evidências" para existência de vida após a morte.
Reflexões sobre o contexto de experiências de quase-morte: artigo de Michael Nahm (2011) - 1/2.
Reflexões sobre o contexto de experiências de quase-morte: artigo de Michael Nahm (2011) - 2/2. 
(14)  G. A. Farthing (1974) em "Live, Death and Dreams" em http://www.blavatskytrust.org.uk/html/booklets/life%20death%20dreams_1.htm. Original em inglês:
Death for us, then in our deepest beings is a withdrawal into life but of a different and higher, more spiritual order. We do not remember afterwards the event of our death or the time we are 'dead' because we have lost our normal vehicles of consciousness and have not as yet developed the necessary spiritual faculties. In the majority of us our lower vehicles, those constituting our personality, are not only not responsive enough, lacking the necessary refinement, but, because of their desire prompted actions, are too obtrusive. They claim too much of our attention. Our post-mortem life comprises our devachanic dream. This dream state, we are told, is more 'real' to us than our present objective life is now. We should notice that according to this teaching, we do not traverse the various planes of being, the astral, the karmic, and so on, in consciousness after death, as some writers on these subjects have said. H.P.B. has explained how the visions of those near death, including those during what are now called near death experiences (N. D. E.) have included their erstwhile loved ones from the past, sometimes in idealized surroundings. Many writers have instanced these visions as glimpses into the astral world, but we are told they cease at the moment of death. In fact, for the ordinary man, the 'astral' world,kama-loka, in spite of its seven levels is, according to H. P. B., at its lower levels particularly an undesirable place from which, in the ordinary way, we are mercifully protected.